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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

                               MINISTRO CAI MAIS DO QUE TÉCNICO DE FUTEBOL
                                                                                                                     
                                                                                                                         *Osny Araújo

Se eu estiver errado, por favor, me corrijam. Em mais de trinta anos escrevendo sobre política, nunca havia testemunhado em esfera nenhuma de Governo a queda de um primeiro escalão em um ano e um mês de Governo, como ocorre neste momento no Brasil. No Brasil, no momento, ministro do Governo cai com mais facilidade do que técnico de futebol. Alguma coisa está muito errada e o Governo acaba perdendo o rumo de um porto seguro.

Logo nos primeiros meses de Governo, a presidente Dilma que recebeu o Poder das mãos de Lulas com o ministério recheado de seus “afilhados políticos”, ou seja, um ministério com meia cara de Lula e meia de Dilma, enfrentou uma série de denúncias e com isso foi obrigada a fazer uma varredura na esplanada e seis ou sete ministros pegaram o boné e saíram de cena. Um número elevado, se considerarmos que a presidente não fez nenhuma reforma ministerial de forma espontânea. A reforma, se é que podemos assim dizer, foi meio na marra, para tentar sanear um pouco a Esplanada, mas, ainda ficaram resquícios.

Nessa vassourada na Esplanada, o primeiro a cair foi o todo poderoso Antônio Palocci, da Casa Civil e a partir daí, houve uma seqüência, como se fosse aquele jogo das pedrinhas de dominó, culminando com a saída a contragosto de Carlos Lupi, que foi obrigado a deixar o Ministério do Trabalho, ainda que tenha declarado em alto e bom som para tentar salvar a pelo a seguinte frase: “Dilma, me perdoe se eu errei, mas eu te amo te amo”, ainda assim, pegou as contas, além de outros que saíram mais recentemente em função do calendário eleitoral, considerando que serão candidatos nas próximas eleições.

Talvez por já ter feito tantas alterações em curto espaço de tempo, a presidente descartou para este começo de ano uma reforma ministerial, mas ainda assim, as peças vão sendo trocadas e o ministério vai ganhando nova cara, agora, todos escolhidos ou com total aval da presidente, que começa realmente após um ano e um mês, montar um ministério com um perfil diferente e entendo isso, inclusive técnico e entendo isso como positivo, até pelo fato de cortar alguns vícios que estavam impregnado nos antigos ministros.

Engana-se quem pensa que a coisa parou por aí. Não. Já existe o 9º na frigideira do Palácio do Planalto, que logo, logo, deverá deixar o cargo. Trata-se do Sr. Mário Negromonte, ministro das Cidades, acusado e ter favorecido com verbas do ministério que dirige o seu Estado, em detrimento aos demais, também com problemas sérios em função das intempéries, como chuvas e secas, Estados esses onde o olhar do ministro ainda não alcançou.

Nessa faxina que realiza no Governo, incluindo alguns auxiliares do segundo e terceiro escalões, a presidente Dilma tem usado pulso firme e parece que não está dando muito bola para os chamados partidos aliados, ávidos pelo Poder e assim, vai montando um novo Governo com o seu jeito de ser e tomara que de certo.

Os brasileiros esperam que os novos ministros que já assumiram e os que já assumiram e os virão futuramente integrar o 1º escalão do Governo, sejam portadores mais, dignidade, responsabilidade e brasilidade, olhando o Brasil como um todo e não tenham como exemplo o Sr. Negromonte que esqueceu que ainda é ministro do Brasil e não apenas do seu Estado.

Enquanto os ministros vão caindo pela tabela lá pela Esplanada dos Ministérios, Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira de futebol, que se prepara para a Copa do Mundo, aqui no Brasil, ainda vai tirando de letra e se mantém no cargo, mesmo que o seu trabalho sob o comando da CBF não agrade a grande maioria da torcida brasileira. (Com publicação simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético)

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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