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domingo, 13 de novembro de 2011


SEM DIGNIDADE, MAS NO PODER

                                                                                                                                         Osny Araújo*

Neste mundo de meu Deus tem gente que faz  tudo para se manter no Poder ou pelo menos à sua sombra, pensando que tem esse poder, especialmente no meio político brasileiro, onde a politicagem campeia a plenos pulmões. Para isso fazem de tudo.

Devido a isso,  tem gente que faz promessa com Deus e o diabo, com todos os santos, percorrem os terreiros de macumba, se humilham e até perdem a moral e a dignidade. Para essas pessoas, não importa a família, os amigos, as pessoas que o cercam, como os filhos serão vistos nas rodas de amigos e nas escolas. Nada disso interessa. O Poder está acima do bem e do mal. Para essas pessoas, os meios não importam,  apenas o fim.

Fiz todo este preâmbulo para falar no comportamento estranho, humilhante e ridículo do ministro do Trabalho, Sr. Carlos Lupi que é apenas mais um que já na frigideira do Governo Dilma, em apenas onze meses, de onde seis já foram banidos, todos acusados de corrupção e o sétimo, o Sr. Lupi, do PDT está a caminho.

O ministro, que andou viajando em aeronave de ONG que tem negócios com o Ministério e está envolvido em outras falcatruas, todas denunciadas pela mídia, com a participação de ONGs conveniadas com o Ministério do Trabalho, insiste em se manter no cargo, mesmo que esteja sendo bombardeado todos os dias com o surgimento de novas denúncias.

O falastrão ministro conseguiu trazer de volta o apoio que estava perdendo do seu Partido, o PDT e com isso, garantiu uma sobrevida, embora analistas garantam que esse fato não será suficiente para mante-lo no primeiro escalão do Governo, não apenas pelas acusações de falcatruas no Ministério do Trabalho e má administração, mas, também, pelas besteiras que anda falando nos meios políticos.

Alias, esse fato chamou a atenção do deputado, Cândido Vaccarezza, (PT), líder do Governo no Câmara dos Deputados  que disse em alto e bom tom, que o ministro Lupi fala de mais e que precisa ser um pouco mais cometido.

No começo da semana passada, num encontro com políticos, Lupi, bateu à mesa de punho fechado e garantiu com todas as letras que continuará no Governo, com a seguinte afirmação. “Eu duvido que a presidenta Dilma me tire do Governo, ela me conhece muito bem como eu a conheço. Sou osso duro de roer e para me tirarem, só se for à bala e muita bala, porque sou muito forte”. É ministro, vamos ver com as coisas irão parar, até porque ainda tem muita água para passar por debaixo da ponte.

No dia seguinte a essa falácia, o ministro foi ao encontro dos deputados na Câmara e mudou o tom do discurso e o comportamento arrogante deu lugar a um homem submisso. No encontro,  deu uma aula de submissão e covardia, mostrando o que não se deve fazer para permanecer no Poder.

Na verdade, o Sr. Lupi proporcionou um verdadeiro show de mau gosto e tudo para se segurar no posto de ministro do Trabalho. Ele esqueceu o orgulho, a moral e a dignidade, sempre olhando o poder e um meio de lá permanecer e não demorou em colocar em prática o que ninguém deve fazer para se manter num cargo público – bajulação e puxa-saquismo.  ”Presidente me desculpe por alguma coisa que tenha dito, não fiz por mal. Dilma, eu te amo, Dilma, eu te amo”. Que coisa ridícula para um homem público, ainda mais em se tratando de um ministro. Quem fique o exemplo do que não deve ser seguido. Que papelão, Sr. Lupi.

A verdade, é que o falastrão, que gosta muito de falar o jargão “povo brasileiro”, continua na frigideira política do Planalto e ninguém pode precisar, até quanto. ,

Alias, não é segredo pra ninguém dos problemas que a presidente Dilma vem enfrentando com o seu Ministério, de onde seis já deixaram o barco, mas a avalanche de denúncias continua e isso, certamente é muito nocivo para o Governo, ainda no seu primeiro ano, provocando um sério desgaste político, com a exoneração de companheiros, camaradas e aliados políticos.

Entendo que a presidente, caminha para tentar mudar a cara do seu ministério, por isso, as mudanças e o mais interessante de tudo, é que todos os seis que deixaram o Governo com sérias acusações e denúncias, todos por coincidência ou não, eram afilhados do ex-presidente Lula, o mentor e padrinho político da presidente Dilma. Coisas de política e de políticos. (Com postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesopuza e blog Jornalismo Eclético).

Osny Araújo é jornalista e analista político.


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