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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


INCRA ENTREGA CASAS EM MACAPURU
                 E VIVEIRO AGRO-FLOORESTAL NO IRANDUBA

Fonte: Asscom/INCRA-AM
Manacapur/Iranduba, AM - Aproveitando o período carnavalesco, a superintendência regional do INCRA entregou benefícios para assentados e beneficiários da reforma agrária nos municípios de Iranduba e Manacapuru, integrantes da Região Metropolitana de Manaus com a inauguração de um Viveiro Agro-florestal e a entrega de casas financiadas com crédito habitação.
No sábado, a superintendente Socorro Feitosa foi até a cidade de Manacapuru e de lá viajando 2 horas em uma “voadeira” chegou ao Paraná do Periquito, na comunidade São Lazaro, dentro do PDS Cabaliana II, onde fez a entrega de 47 casas financiadas com o Crédito Habitação da Reforma Agrária, em solenidade realizada na Escola São Lázaro, num dia de festa, com a comunidade comemorando a festa de São Lázaro, seu padroeiro.
Nesse projeto, o ano passado o INCRA de um total de 2030 unidades, e agora, entregou 551 casas em várias comunidades e agora mais 47, totalizando investimentos de R$ 897.000,00, restando ainda à conclusão de mais 1, 432 unidades com custos de 21.480.000,00, com o valor unitário de R$ 15 mil.
DIFICULDADES
Para as autoridades e platéia de assentados presentes ao ato na Escola Municipal S. Lázaro, Socorro Feitosa, falou dos desafios que é fazer reforma agrária na Amazônia e das voltas que o INCRA até construir uma parceria com a Secretaria de Patrimônio da União para que a reforma agrária pudesse chegar também às áreas de várzeas.
Deixando de lado as dificuldades, Feitosa, agradeceu as parcerias estabelecidas com a Prefeitura de Manacapuru e movimentos sociais e afirmou que “finalmente os pequenos e os humildes estão sendo olhados e lembrados pelo Governo Federal” e disse ainda que eles, os varzeiros, têm sim esse direito, pois além de não devastarem o meio-ambiente ainda funcionam como verdadeiros guardiões das nossas florestas, ajudando a preservar o meio-ambiente.
Lembrou ainda que até há bem pouco tempo, o INCRA tinha no município apenas o Projeto de Assentamento Aquidabam, com 437 famílias e em pouco mais de oito anos Manacapuru conta com 5 projetos de reforma agrária, beneficiando em torno de 10 mil famílias, que começam a receber o olhar do Governo Federal, as políticas públicas e a inclusão social.
Frisou ainda que com a chegada do INCRA as várzeas e o reconhecimento do INCRA como beneficiários da reforma agrária, eles passam a ter uma séria de vantagens, como os créditos próprios da reforma agrária, como o Inicial e habitação e outros que poderá surgir através do Pronaf e Terra Sol e outros como o Bolsa Família, Bolsa Verde, Luz Para todos etc. “É Governo Federal preocupado com os mais humildes e trabalhando para erradicar a miséria no Brasil” – disse.
Feitosa também deixou claro que com essa política de levar habitação aos assentamentos, o Governo Federal através do INCRA dá uma grande contribuição para solucionar o déficit habitacional na zona rural.
ECOLOGICAMENTE CORRETAS
No Amazonas, as casas nos projetos de reforma agrária construídas com o Crédito Habitação, tem algumas características diferente.Nos assentamentos em terra firme, podem ser construídas com madeira certificadas ou em madeira de lei, certificada, mas pelo mesmo valor.
As casas entregues agora pela superintendente Socorro Feitosa, em área de várzea no Cabaliana II, necessariamente são construídas com madeira, mas obedecendo um mesmo padrão e devem ser ecologicamente corretas.
De acordo com as normas estabelecidas, padronizadas, possuem em média 46 m², sala/cozinha, varanda, banheiro interno fibrado, kit pro-chuva, fossa biodigestora, telhas tipo brasilit e são construídas um metro acima da mrca da maior enchente na região, a fim de prevenir alagação, assim como as janelas são teladas para evitar o mosquito transmissor da malária e antes da entrega, são todas georeferenciadas pelos técnicos do INCRA.
VIVEIRO NO PDS NOVA ESPERANÇA
Antes, na sexta-feira o INCRA entregou o viveiro agro-florestal no PDS Nova Esperança, no município de Iranduba, com investimento da ordem de R$ 50 mil, funcionará sob a responsabilidade da comunidade, de forma coletiva com todos os assentados e familiares trabalhando na produção das mudas.
O viveiro, não será exclusivo do PDS Nova Esperança, pois com o tempo, com o objetivo de recuperar as áreas degradas, considerando que o assentamento foi criado em cima delas e agora, a partir desse viveiro, deverão começar a ser recuperadas.
A produção de mudas não será para o replantio exclusivo das áreas degradas do projeto, pois com o tempo e com o reflorestamento que começará a ser feito já a partir do próximo ano com a primeira produção de mudas, os assentados, terão condições de deverá comercializar mudas, o para outros pontos do município e fazer parcerias com indústrias locais que utilizam madeira como fonte de energia, no caso mais específico o Pólo Oleiro e cerâmico que existe no município de Iranduba.
O presidente da Associação dos Moradores Joelney Luiz Sell, frisou que o viveiro representa muita coisa para o assentamento e agradeceu ao INCRA pela iniciativa e arrematou: “Temos uma dívida muito grande com a natureza e agora, vamos começar a paga-la”.
Ronaldo Santos, Chefe da Divisão de Assentamentos do INCRA, garantiu que vai se empenhar junto aos órgãos competentes para construir uma parceria com o objetivo de conseguir sementes de qualidade para garantir a produção das mudas.
 “O RETORNO É PRA VOCÊS”
A superintendente do INCRA Socorro Feitosa, fez questão de lembrar a dívida de 500 anos que o Brasil tem com a natureza e disse que a chegada do Viveiro agro-florestal ao PDS Esperança não representa nenhum favor àquela comunidade. ”Não estamos fazendo nenhum favor, apenas cumprindo com o nosso dever e esperamos que os senhores cumpram com os seus, que é exatamente o de produzir e reflorestar as áreas degradadas”.
Ela falou ainda da importância das parcerias e da união com os movimentos sociais e concluiu afirmando que o retorno de todo esse trabalho, não será para o Governo, mas para a própria comunidade.
Segundo ela, o “Poder Público não se resume no INCRA e voltou a afirmar que a reforma agrária, que tem como gestor o INCRA, também não é nenhuma exclusividade, considerando que essa ação é uma atividade onde todos os órgãos públicos e a própria sociedade tem o dever de somar, daí a importância das parcerias e se todos fizerem  um pouco, o resultado” será grandioso e teremos uma reforma agrária, cidade, com respeito à natureza e de qualidade.

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