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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

LEI DAS PALMADAS: APENAS HIPOCRISIA

                                                                                                                         Osny Araújo*

Tinha uma série de assuntos para abordar neste comentário, mas deixei-os de lado para tratar de mais uma lei hipócrita produzida pelos nossos congressistas, na Câmara dos Deputados, a tal “Lei da Palmada” que promete enquadrar os pais que resolveram mostrar os bons caminhos aos seus filhos com algumas palmadinhas, que certamente não lhes causarão nenhum mal físico.

Penso que os nossos congressistas têm outras coisas mais sérias para tratar, como por exemplo, as reformas previdenciária, fiscal, política e outras questões , mas eles preferem para parecer bonzinhos aos olhos da sociedade, produzir leis sem nenhum valor, como essa das palmadinhas ao invés de se preocuparem com coisas mais sérias, que realmente sejam do interesse da sociedade, mas infelizmente não assim que procedem.

O Estatuto da Criança e da Juventude, é um exemplo de que essas leis funcionam muitas vezes na contramão, como e o caso do ECA que vem ajudando a produzir bandidos e criminosos no Brasil, porque as autoridades repressoras nada ou quase nada podem fazer, porque o jovem de quase 18 anos diz que é menor de idade e ainda faz ameaças legais se for chamado às falas pela polícia.

Nas escolas públicas, os alunos não podem ser reprovados e tem que passar de ano esteja ou não preparado e ser castigado, como não ter direito a merenda porque bagunçou na aula, nem pensar, e o professor que proceder assim, será punido. O resultado, se observa na qualidade dos alunos que saem das escolas públicas e ingressam numa faculdade. Uma vergonha e com isso, a própria sociedade é que recebe o castigo, ficando nas mãos de maus profissionais, claro com as naturais exceções.

A questão dessa estranha lei era tão complexa e urgente, que foi apreciada de forma conclusiva, sem precisar passar pelo plenário, através da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, onde o relatório produzido pela deputada Tereza Surita (PMDB-RR) foi aprovado com louvor. Agora, a questão vai para o Senado, onde espero que os senadores, com bom senso acabem com essa brincadeira de mau gosto.

Se aprovada pelas duas Casas legislativas, a garotada ficará numa boa e os pais que tentarem por algum motivo qualquer, colocar os filhos no bom caminho com uns leves petelecos, ou puxões de orelhas, estarão em maus lençóis. Serão denunciados e pagarão na Justiça pelo ato de apenas querer educar o seu filho, com poucas palavras e um pouco mais de ação e energia.

Escrevo este artigo com a autoridade que quem foi filho e é pai. Do meu saudoso pai, apanhei muitas surras de cinturão, galho de cuieiras, palmatórias e tudo isso, hoje eu agradeço, pois cresci com valores e graças ao G.`. A.`.D.`.U.`. sou um homem de bem de excelente formação familiar e cristã e isso, também agradeço as justas e merecidas surras que papai me aplicou quando mereci. Alias, apanhei bem menos do que merecia. Não sou a favor da violência, muito menos no seio da família e quando exageros forem praticados, já existem leis para punir os violentos, logo, essa me parece absolutamente desnecessária.

Como sou de outro tempo, não precisou de Lei alguma para que eu não batesse nos meus filhos e neles nunca agredi com um dedo, mas graças a Deus, o meu exemplo serviu para que eles trilhassem os caminhos certos e hoje para meu orgulho, são homens de bem e com grande formação. O fato, é que eles até que mereciam de vez em quando levar umas palmadas, mas, diferente da formação do meu pai, um grande cidadão interiorano, só com o curso primário, apesar de um autodidata, preferiu esse método e isso, me proporcionou este momento de poder contar um pouco dessa história. Palmadinhas de pai e mão não matam ninguém.

Claro que não sou a favor da violência, muito menos em crianças e especialmente nos próprios filhos, mas convenhamos, tem momentos que umas palmadas não fazem nenhum mal e nem tiram pedaços. Pelo menos, isso não aconteceu comigo e minhas irmãs.

É bom que se diga, que o estado brasileiro é absolutamente impotente para fazer cumprir leis desse tipo, que os nossos parlamentares, assessorados pelos “doutores” dos Direitos Humanos ajudam a materializar e certamente, aumentará o número de leis neste país que não são cumpridas, como aqui pra nós, a lei das filas nos bancos, supermercados e dos telemarketings, que ninguém respeita e por vai. A lista é grande.

O que os nossos parlamentares no Congresso Nacional deveriam lutar era por mais psicólogos, assistentes sociais e professores mais preparados nas nossas escolas, para orientar e mostrar os bons caminhos para as crianças e não proibir ou tentar proibir os pais de corrigi-los. Uma insanidade sem tamanho e uma burrice gigantesca, mas no currículo desse infeliz parlamentar, vai aparecer como o autor da famigerada Lei das Palmadas.

Não pensem que estou aqui defendendo a agressão aos filhos. Não. O que defende é o direito dos pais, que convivem diariamente com os filhos, de encontrarem meios para mostrar-lhes os bons caminhos a serem seguidos, que certamente não poderá servir como exemplo, o comportamento da maioria dos nossos políticos, que vivem diariamente cometendo violências contra a sociedade brasileira e sequer são repreendidos, quanto mais punidos.(Com postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-Mail: osnyaraujo@bol.com.br





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