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sábado, 2 de julho de 2011

AS FALÁCIAS DE UM MINISTRO


                                                                                                                       Osny Araújo*

De tantas determinações erradas para a Amazônia pela turma que detém o Poder político-administrativo do País por parte das autoridades de Brasília, não faz tempo escrevi um artigo intitulado É PRECISO CONHECER A AMAZÔNIA e ratifico agora, tendo como base as recentes declarações estúpidas do ministro da Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel, que recentemente declarou que a Zona Franca de Manaus, é um modelo falso, que facilita a lavagem de dinheiro com a participação de políticos e empresários, por isso está ameaçada.

Esse senhor é um desses brasileiros que precisam urgentemente conhecer a Amazônia, seu povo, suas peculiaridades, sua cultura, seus costumes, sua geografia, belezas naturais, sua economia e especialmente as suas diferenças, para apartir daí, pensar em começar a falar alguma coisa sobre a Amazônia, os seus negócios e a sua gente.

Falar por falar Senhor Ministro, talvez só para fazer média com as regiões e os estados mais desenvolvidos do Brasil, não me parece uma postura correta para alguém que tem no Governo um cargo de tamanha envergadura. Afirmações como as feitas pelo Senhor e publicadas na mídia, são no mínimo levianas, especialmente partidas de uma autoridade do seu quilate e com a responsabilidade social e política que tem.

A infelicidade e a ignorância do ministro em questão sobre a Zona Franca de Manaus e o seu moderno e avançado Pólo Industrial, foram tão grandes, capazes de por si só, demonstrarem o desconhecimento social, político e econômico de um dos mais importantes modelos de desenvolvimento da Amazônia, ao ponto de não saber nem mesmo quantos anos o projeto está em vigor, alavancando a economia regional.

Ao invés de falar em lavagem de dinheiro e desqualificar o PIM como Pólo Industrial, dizendo que aqui não se fabrica nada, o ministro deveria ver os números fabulosos produzidos pelo PIM para a economia brasileira e se inteirar do número de indústrias aqui instaladas e dos milhares empregos diretos e indiretos que o projeto garante, além dos grandes investimentos realizados pelas indústrias.

Claro, que as falácias do ministro sobre a Zona Franca de Manaus e o seu Pólo Industrial, provocaram indignação nas lideranças políticas e empresaria s do Estado, que estão querendo saber de onde o ministro tirou os dados que apresentou e quais as ameaças que rondam a ZFM.

Até não me admiraria se o ministro em foco falasse besteiras sobre questões de saúde, educação e de ações de outros ministérios fora da sua competência. Agora falar de indústria e de economia, pela autoridade responsável pela gestão da política no setor, é no mínimo preocupante e porque não dizer, um absurdo.

Imaginemos que tenhamos alguns problemas políticos com a Zona Franca de Manaus, o que de vez em quando aparecem e precisamos de um apoio do tal ministro. Aí amigos, teremos que lutar com todas as nossas forças para conseguirmos êxito, brigando contra um inimigo gratuito, que sem conhecer a Amazônia, a sua realidade e o Pólo Industrial de Manaus fica alardeando falácias contra um modelo de desenvolvimento que é um exemplo para o País e que ele pelo disse, demonstrou não ter o mínimo de conhecimento a respeito.

Entendo que as nossas lideranças políticas deverão procurar uma reparação por parte dessa autoridade sobre os danos que as suas infelizes declarações provocaram na ZFM e no seu povo, quando alardeou que o modelo é apenas um processo enganoso para a lavagem de dinheiro. Entendo que o ministro precisa dar explicações mais claras, não com falácias, mas com dados concretos. (Com postagem simultânea nos Sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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