BANANA DE S. PAULO E BAHIA PARA ABASTECER MANAUS

Manaus - A possibilidade de uma praga agrícola, denominada ácaro vermelho, ter chegado a Manaus foi debatida hoje (terça-feira 11), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A praga ataca principalmente plantações de frutas e está acabando com o cultivo de banana e coco no Estado de Roraima. Em Manaus, não há registro da praga, no entanto, a Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab) está fazendo o monitoramento das frutas que foram trazidas de Boa Vista e comercializadas nas feiras de Manaus.
Durante a reunião na Aleam, o subsecretário municipal de Abastecimento, Rogério Vasconcelos, disse que 80% das bananas consumidas em Manaus vêm de Roraima. Devido a infestação do ácaro vermelho em Boa Vista, o Ministério da Agricultura montou duas barreiras de inspeção ao longo da BR 174. Desde a semana passada, está proibida a entrada, no Amazonas, de bananas e coco vindos de Roraima.
Com a proibição, as feiras e mercados de Manaus já enfrentam o desabastecimento de banana. Em alguns locais, como a Feira da Panair, o estoque da fruta acaba nesta quinta-feira. Nos poucos lugares onde ainda é encontrada, a banana do tipo Prata, a mais consumida em Manaus, teve aumento de 300% no preço. “O Amazonas não produz bananas em quantidade suficiente para atender os consumidores da capital”, afirmou Rogério. “Com a proibição da entrada das bananas vindas de Roraima, estamos enfrentando um desabastecimento momentâneo”, acrescentou.
Para garantir que as vendas voltem ao normal, a Sempab, junto ao Sindicato dos Vendedores de Bananas de Manaus, está negociando com produtores dos Estados da Bahia e São Paulo a importação de bananas para a capital amazonense. Outra medida seria comprar a fruta dos produtores do Acre e Pará, porém os dois Estados não têm produção suficiente para exportar para o Amazonas. “Estamos buscando uma solução que garanta frutas de boa qualidade e com preços iguais aos praticados nas feiras de Manaus. Até o final desta semana teremos uma solução para o problema”, destacou Rogério.(Em Tempo).