Brasilia - Termina amanhã (20) o prazo para que os deputados Eugênio Rabelo (PP-CE) e Paulo Roberto Pereira (PTB-RS) apresentem suas defesas prévias à Corregedoria da Câmara sobre a acusação de envolvimento na venda de passagens aéreas fornecidas pela Casa.
Depois de receber as defesas, os relatores dos dois casos, Marcelo Ortiz (PV-SP) e Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), respectivamente, deverão montar um cronograma de atividades, mas os dois ainda não têm prazos para a conclusão das investigações.
A comissão de sindicância instalada pela Corregedoria para investigar o envolvimento de deputados na venda de passagens da cota de parlamentares aprovou hoje uma série de requerimentos de inquirições e pedidos de documentos, tanto a órgãos internos da Câmara quanto a empresas privadas.
O corregedor, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), que coordena os trabalhos, adiantou que devem ser ouvidos servidores e ex-servidores da Câmara e demais pessoas envolvidas com agenciamento de passagens. Essas pessoas foram apontadas pelo processo administrativo que investigou denúncias de venda de passagens e envolveu 44 servidores ligados aos deputados.
"Estamos começando a investigação e esperamos uma série de documentos para depois fazermos inquirições, e só então poderemos fazer qualquer juízo de valor, para que ninguém seja considerado culpado sem que a investigação aponte nesse sentido", afirmou.
Magalhães Neto não afasta a possibilidade de que outros deputados sejam investigados, mas por enquanto apenas os dois processos serão iniciados.
Além dos relatores e do corregedor também participam da reunião de hoje os outros dois integrantes da comissão, o 3º secretário da Mesa, Odair Cunha (PT-MG), que é responsável atualmente pelo controle de passagens aéreas, e o deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP).(Ag.Câmara)
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