Delegado pede prisão preventiva de
dentista acusado de matar perita
Manaus - O titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), delegado Mariolino Brito, pediu a prisão preventiva do cirurgião dentista Milton César Freire da Silva. Ele confessou ter assassinado a ex-esposa e perita criminalista da Polícia Civil, Lorena dos Santos Baptista, 37.
O dentista se entregou na DEHS, no bairro São José zona Leste, por volta de 17h da tarde de ontem (6). Segundo o advogado Lino Chíxaro, o dentista aguardou 48 horas para se entregar, para não ser preso em flagrante.
Além da prisão preventiva, o delegado solicitou também o exame de necrópsia feito no corpo da vítima e o laudo pericial. O delegado aguarda a Justiça deferir ou não a prisão preventiva.
Morta com a própria arma
Lorena foi assassinada com um tiro que partiu da própria arma, uma pistola da marca Taurus, calibre PT 640.
O crime ocorreu no apartamento 202, do conjunto Vila Nova, Rua Rei Arthur, no Parque 10, zona Centro-Sul de Manaus, na madrugada de segunda-feira (5).
Defesa alega tiro acidental
De acordo com o advogado de Milton, o cliente alega ter cometido o crime de forma acidental. O dentista disse ao advogado que a mulher teria ido a casa dele de madrugada, acompanhada do filho de 11 anos. Segundo ele, ela estava armada e com luvas cirúrgicas. Após uma discussão, a arma teria disparado. O tiro atingiu o maxilar da mulher.
Após o crime, um dos vizinhos contou que o dentista teria fugido em um táxi e pedido para cuidar do filho que estava no apartamento. A criança testemunhou o fato.
Delegado questiona disparo
A versão de disparo acidental é questionada pelo delegado da DEHS. Para ele, é improvável que o disparo tenha ocorrido nessas circunstâncias, já que a perita foi morta com um tiro na nuca.
De acordo com o delegado só o laudo da perícia poderá comprovar se o tiro foi acidental ou não.
Dentista em liberdade
Após o depoimento, Milton César foi liberado. Na saída, familiares o aguardavam em frente à delegacia. Ele foi indiciado pelo assassinato da ex-mulher. Milton não foi preso porque o período de flagrante já havia experido.
O casal estava separado há dois anos, após um casamento conturbado.
Os nomes das testemunhas ouvidas pelo titular da DEHS foram mantidos em sigilo. Segundo o delegado, as versões dos depoimentos são semelhantes. Uma das principais testemunhas é o vizinho de Milton que socorreu a criança logo após o crime.
Ligações telefônicas
O delegado também deve pedir o celular do dentista para períciá-lo. O dentista alega ter ligado duas vezes para a Polícia (190), mas não completou as ligações.(P.Amazonia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário