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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

TEMPORAL COM CHUVA CAUSA MORTES E TRAVA SÃO PAULO

S.Paulo - Pelo menos cinco pessoas morreram em decorrência da tempestade que atingiu a Grande São Paulo na madrugada desta quinta-feira (21). Na capital, as vítimas foram uma criança atingida por deslizamento de terra no Grajaú (Zona Sul) e um homem que estava em casa que desabou na Pompéia (Zona Oeste). No ABC, desmoronamentos causaram a morte de uma mulher de 33 anos em Mauá e de duas crianças em Ribeirão Pires.
Segundo o Corpo de Bombeiros do ABC, as duas crianças soterradas em Ribeirão Pires na manhã desta quinta foram atingidas por deslizamento de terra que atingiu a casa onde elas estavam na Rua Dona Valentina, no Jardim Santo Bertoldo. Por volta das 11h20, os bombeiros permaneciam no local fazendo buscas pela mãe das crianças, que, segundo parentes, também estava na casa. Em Mauá, a vítima também estava em casa destruída por terra que cedeu.
Frente fria causa temporal na madrugada em SP e chuva deve continuar Chuva em SP alaga a Ceagesp e deixa caminhões ilhados Alagamentos complicam trânsito nas marginais e fecham 4 túneis em SP Após temporal na madrugada, SP ainda registra 44 pontos de alagamento Desabamento deixa um morto na Zona Oeste de SP Chuva causa desabamentos, alaga avenidas e bloqueia estradas em SP Chuva faz córregos transbordarem e deixa bairros de SP em estado de alerta
No Grajaú, Zona Sul de São Paulo, uma criança morreu e um casal de adultos permanecia desaparecido pouco antes do meio-dia após um deslizamento de terra. Segundo os bombeiros, outras quatro pessoas foram resgatadas com vida do local – um adulto e três crianças. Na Pompéia, Zona Oeste, um homem morreu no desabamento de uma casa.

Trânsito

O temporal caiu durante toda a madrugada e alagou avenidas, fechou túneis, bloqueou estradas e provocou o transbordamento dos rios Pinheiros e Tietê, além do Córrego do Ipiranga. Importantes vias de São Paulo ficaram tomadas carros impedidos de circular por conta de enchentes. O congestionamento chegou a 111 km de acordo com a Companhia de Engenharia de Tréfego (CET). O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou 59 pontos de congestionamento por volta das 9h.
Por volta das 12h, a situação estava um pouco mais calma, com 56 km de lentidão e 29 pontos de alagamento.
No início da manhã, na Marginal Tietê, três pontos chegaram a ser interditados pela CET por causa do transbordamento do Rio Tietê. Por volta das 9h30, carros de passeio e caminhões já conseguiam passar pela Marginal Tietê, na altura da Ponte das Bandeiras, no sentido da Rodovia Castello Branco.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, além dos rios, também transbordaram os córregos Morro do S, Pirajussara, Jaguaré, Rio Tamanduateí, Aricanduva e Ipiranga.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse no fim desta manhã que o excesso de áreas impermeáveis gerou os transtornos após a chuva que atingiu a capital na madrugada. "O problema dos alagamentos desta noite foi o crescimento desordenado da cidade, que impermeabilizou o solo".
Ceagesp alagada

A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), localizada próximo ao Rio Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, amanheceu alagada. Diversos caminhões ficaram ilhados dentro da área, com água cobrindo as rodas. Os trabalhos estavam paralisados, e as pessoas não conseguiam entrar ou sair. A rua que dá acesso à Ceagesp, ao lado da Marginal Pinheiros, estava completamente alagada, sem possibilidade de passagem de veículos.
Segundo a assessoria de imprensa da Companhia, as operações foram interrompidas às 3h, e 90% das ruas locais foram alagadas. Os prejuízos ainda não foram contabilizados.
A CET não suspendeu o rodízio de veículos na cidade. Com isso, permanece a restrição à circulação de carros com placas final 7 e 8 no Centro Expandido da cidade até 10h. De acordo com o prefeito Gilberto Kassab, a restrição volta a valer no período da tarde, entre 17h e 20h.

Energia Elétrica

Na Zona Sul, a CET registrava pontos sem fornecimento de energia elétrica nas avenidas Engenheiro Luiz Carlos Berrini e Jornalista Roberto Marinho. Segundo a Eletropaulo, uma subestação no Morumbi que foi alagada pela chuva causava o problema. Às 12h, parte do Brooklin seguia sem energia elétrica.
A Eletropaulo também registrava pontos isolados de falta de energia em outras partes da cidade, mas não tinha um levantamento de quantos consumidores foram afetados.
Os dois principais aeroportos de São Paulo, Congonhas, na Zona Sul, e Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana, estavam abertos e operavam em condições visuais, sem problemas, no início desta tarde.(G-1)

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