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Texto: Osny Araújo
Manaus - Tive o prazer de assistir ao programa Agora, pela TV Em Tempo (SBT) a uma longa entrevista do governador Eduardo Braga, onde questionado pelos dois entrevistadores, aproveitou para fazer um ligeiro balanço do seu Governo. Confesso que fique satisfeito com as imagens que vi e com as palavras que ouvi do governador amazonense.
Provocado pelos entrevistadores, abordou questões relacionadas à Infra-estrutura, educação, saúde, segurança, economia, o social, transporte coletivo, sistema viário, região metropolitana e tantas outras questões.
Reservei-me ao direito de abordar neste texto, dois assuntos interessantes. O primeiro, os problemas provocados à população da cidade pela empresa Águas do Amazonas, que entra ano e sai ano e não resolve o problema do abastecimento de água. Segundo, a grande obra social que é o Prosamim, com o completo saneamento dos igarapés que cortam a cidade de Manaus, embelezando a sua fotografia e o seu traçado de metrópole.
Primeiro o governador que já foi prefeito de Manaus e conhece muito bem a questão da água em Manaus, não se fez de rogado e teceu duras e severas críticas empresa Águas do Amazonas, que há tempos atrás assumiu a responsabilidade que era da extinta Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), conhecida à época como Colama, mas as melhorias estabelecidas em contrato com a privatização não foram realizadas pela nova detentora dos direitos da produção e distribuição de água tratada na capital amazonense.
Braga que nunca olhou com bons olhos a Águas do Amazonas, afirmou que o preço da água cobrado pela empresa em Manaus é absurdo e ao falar dos investimentos que estão sendo feitos pelo Governo do Estado, na ordem de R$ 300 milhões, financiado pela Caixa Econômica Federal, para solucionar o problema, seja puxado pelos franceses e com isso,prejudicar a programação com vistas a resolver definitivamente o problema da água para seis bairros da Zona Leste, beneficiando num primeiro momento 300 mil pessoas e chegando a quase um milhão, num segundo.
A obra deverá ser entregue nos próximos meses e repassada pelo Governo do Estado a Prefeitura de Manaus, que poderá repassá-la ou não a empresa Águas do Amazonas.
Essa operação futura esta deixando preocupado o governador, temendo pelo futuro do abastecimento de água na capital, especialmente para a zona para qual a construção foi feita. Segundo ele, a prefeitura poderá administrar essa nova tomada de água de forma isolada ou repassar para a Águas do Amazonas.
Se ocorrer essa segunda hipótese, as redes serão conectadas e isso poderá atrapalhar o bom funcionamento da distribuição de água para a Zola Leste, considerando que por vários motivos a Águas do Amazonas, uma vez que as redes serão conectadas, “roubar” essa água da Zona Leste e levar para outros pontos da cidade.
O governador foi mais além nas suas críticas a Águas do Amazonas. Segundo ele, vários conjuntos em Manaus, onde existem poços artesianos, construídos pelo Poder Públicos e repassados a empresa, que não estão funcionando. “Isso ocorre exatamente pelo descaso e irresponsabilidade da empresa” sublinhou o governador.
Braga aproveitou ainda a oportunidade para criticar o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado, que apenas observam as irregularidades sem tomar nenhuma providência.
Para ele, a Águas do Amazonas presta um desserviço a cidade de Manaus e chegou a taxar o fato como uma “esculhambação”.
PROSAMIM
Sobre o Prosamim, o programa com financiamento externo está embelezando a capital e saneando os igarapés, inclusive com o fornecimento de moradias dignas aos que num passado recente conviviam com as sujeiras dos polidos igarapés, onde existiam doenças, insegurança, prostituição e outros males, hoje essas pessoas, segundo ele, vivem com dignidade e plena cidadania.
Eduardo Braga falou com emoção do Projeto. “Esse projeto social e humanitário é de grande importância para o Governo, para a cidade, para o povo e particularmente para mim, como cidadão. É um grande projeto, que oferece um novo mundo e cidadania aos beneficiários direitos.
“O Orgulho pelas obras do Prosamim, não é do Eduardo Braga como governador e sim, como cidadão. Recebi essa missão como um presente de Deus e sou apenas um instrumento para a sua realização e isso é muito gratificante” - finalizou o governador que deixará o Governo após cumprir o segundo mandato e poderá vir a ser candidato ao Senado da República nas próximas eleições, mas isso ele não falou.
*Osny Araújo é jornalista e analista político
e-mail: osnyaraujo@bol.com.br
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domingo, 24 de janeiro de 2010
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