Maior cabo eleitoral da ministra Dilma Roussef, pré-candidata a presidência da República pelo PT que lidera o bloco governista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com grande popularidade nacional, especialmente nas camadas menos favorecidas, inspirado em campanhas passadas, com o slogan “Lula, paz e amor”, está recomendando aos seus auxiliares que disputarão as eleições de outubro e que buscarão votos para a sua candidata, que deseja uma campanha política limpa, ética e conseqüentemente em alto nível.
O apelo foi feito recentemente durante uma reunião com os seus ministros e todos se comprometeram a manter esse comportamento. Tomara que seja verdade e que possamos ter uma campanha limpa, com a apresentação de propostas e projetos dos candidatos, em todos os níveis, especialmente nos palanques da mídia eletrônica.
Alias, campanha política em busca do voto popular é pra isso. Ela não surgiu para xingamentos, ofensas públicas e muito menos para atacar a vida particular de quem quer que seja. O seu objetivo único é mostrar a sociedade às propostas dos candidatos que querem governar ou representar o povo no Parlamento e não para agressões e leviandades. É preciso lembrar, que gostem ou não, política é coisa séria, sim, senhor.
Acompanhei pela televisão parte da reunião, onde Lula expôs as suas idéias sobre a campanha, apostando com convicção na vitória da ministra Dilma. Pediu aos seus ministros com todas as letras que continuem trabalhando muito, mas do que vem produzindo, especialmente nas pastas envolvidas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverá inaugurar muitas obras no decorrer do ano em todo o país.
Confiante no seu taco, mesmo com a sua candidata caminhando atrás do “tucano” José Serra, governador de São Paulo, Lula garante que o Governo, pelas obras que vem realizando para virar o jogo em tempo hábil, garantindo que os adversários é que deverão ficar preocupados e não o PT e seus aliados.
Os governistas, convictos na vitória à sucessão presidencial, afirmaram com todas as letras que Dilma é capaz e que a guerra está exatamente do lado do PSDB, deixando claro que o tom da campanha será mais ou menos do “quem sou eu e quem és tu”, sempre através de um discurso ético, respeitoso, preocupado apenas em demonstrar o que o Governo fez nesses últimos sete, oito anos e o que pretende fazer no futuro, especialmente, com a ampliação do PAC e dos programas sociais, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e outros que poderão ser implementados.
Não resta a menor dúvida, de que a proposta feita pelo presidente Lula para que tenhamos uma campanha política em alto nível, é louvável sob todos os aspectos. Vamos torcer para que eles não se esqueçam de avisar os adversários.
Se isso não ocorrer, certamente que os ataques dos adversários relembrando os mensalões, os desmandos e escândalos no Congresso, especialmente no Senado, onde estão fortes aliados e outros deslizes do Governo serão explorados o que forçará respostas e aí, e voltaremos a ter uma campanha de baixo nível, o que sinceramente, não desejamos.
Entendo que já é tempo de termos uma disputa eleitoral ética, com campanhas civilizadas, com a apresentação de projetos concretos para que povo possa analisar e decidir. É assim que se procede numa democracia, até porque, adversários não são e não devem ser inimigos. Os pontos contrários estão apenas no campo ideológico e de como fazer as coisas e nada mais, inclusive, com o aproveitamento das boas idéias apresentadas pelos candidatos adversários. Isso é grandeza, é vontade de fazer, é democracia.
Dizem os sábios que os bons exemplos e idéias devem ser sempre copiados e se possível melhorados. É assim que a coisa funciona ou deveria funcionar. Torço para que essa campanha em alto nível realmente ocorra a nível de Brasil e especialmente no Amazonas.
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
e-mail: osnyaraujo@bol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário