RIOS AMAZÔNICOS GANHAM
NOVAS ESPÉCIES DE PEIXES
Novas espécies de peixes de água dôce estâo surginmdop nos rios amazônicas, aumentando, principalmente a família dos saborosos e elegantges tucunarés,uma das espécies nobres da região e muito requesiada nos restaurantes.
Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) aponta que novas espécies de peixes estão surgindo nos nossos rios. A constatação é do pesquisador Efren Ferreira, engenheiro de pesca e doutor em Biologia Aquática pelo Inpa.
O estudo no universo aquático faz parte do projeto Catalão, que visa estudar a estrutura dinâmica das espécies durante os períodos hidrológicos (enchente e vazante) entre variações inter-anuais na região do encontro das águas desde 2000.
O pesquisador conta que desde o início do estudo já foram identificadas, por exemplo, ao menos dez novas variações de tucunaré. No entanto, o número exato e o tipo só serão divulgados ao término do projeto, que poderá ser ainda este ano.
De acordo com Ferreira, por meio do Catalão, desde o seu início, já foi possível perceber que há a diminuição de diversos cardumes de peixes – efeito das mudanças no clima e alteração da temperatura da água. Nos últimos seis anos, foi possível identificar 252 espécies de peixe na região do Encontro das Águas.
“Para termos todos estes resultados, todos os meses são recolhidas amostras de peixes para estudo.
A coleta é feita tanto no período de cheia, quanto de seca. Apesar de se tratar de uma pesquisa a longo prazo, sua conclusão será importante para a comunidade científica”, explica, destacando que a escolha da região do Encontro das Águas ocorreu justamente em virtude de se tratar de um ponto privilegiado para a observação dos gêneros de peixes da região Amazônica.
“Apesar da área ser impactada devido ao intenso trânsito de embarcações, a região possui um grande número de espécies de peixes, aproximadamente 250. Entre elas, estão o pacú, o tucunaré, a sardinha e a branquinha. Durante todo este tempo de estudo, podemos observar que os alevinos mudam e se adaptam de acordo com a biodiversidade do ambiente”, destaca o pesquisador.
O pesquisador explica ainda que a proposta do projeto é que as famílias residentes na área recebam orientações através de estudos sociais e antropológicos para que obtenham melhor entendimento do processo.
NOVAS ESPÉCIES
Efren Ferreira destaca que só na região do Rio Negro, a partir de Anavilhanas até o município de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), foram identificados pelo instituto 450 espécies de pescado.
“Para se ter uma ideia, cinco anos atrás tínhamos identificado apenas cinco espécies de tucanaré nos rios do Amazonas. Atualmente, esse número saltou para 15. Imagine os casos que ainda não foram confirmados e seguiram para análises no Instituto.
A Amazônia possui uma diversidade grande de pescado e quando concluirmos essa pesquisa, vamos apresentar dados surpreendentes e positivos”, salienta.
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