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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eleitores do AM entre os que
têm baixa  escolaridade


Brasilia - Estado só perde para Rio Grande do Sul, Pará, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso como o colégio eleitoral com maior percentual de eleitores que não concluíram sequer o Ensino Fundamental.
 Eleitor amazonense está entre os que tem pior escolaridade no Brasil.
 O Amazonas é o 5º Estado do País com o maior percentual de eleitores que não concluíram sequer o Ensino Fundamental. São 722 mil pessoas ou 36,22% do total do eleitorado de 1,9 milhão. O Estado só perde para Rio Grande do Sul, Pará, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os outros 63,8% dos eleitores estão divididos em diferentes níveis de escolaridade.
Segundo os dados divulgados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizados até o mês de abril, O Estado também é o 5º em menor número de eleitores que têm o Ensino Superior completo. O Amazonas também acumula o 4º lugar da Região Norte com maior número de analfabetos aptos a votar.
De acordo com os dados do TSE, 15% do eleitorado amazonense sabe apenas ler e escrever. São mais de 317 mil semianalfabetos que devem votar este ano. Também existem outros 152,6 mil eleitores analfabetos.
Os dados do Tribunal Eleitoral demonstram o pouco acesso à educação no Estado. Pouco mais de 1% do eleitorado do Amazonas conseguiu concluir o Ensino Médio, entrar em uma universidade e terminar o Ensino Superior. Apenas uma pequena parcela, 36 mil eleitores, conseguiu obter o diploma em uma universidade.
Segundo dados do portal da transparência do governo do Estado, apenas este ano, já foram investidos mais de R$ 324 milhões no sistema estadual público de educação.
Relação
Na opinião do sociólogo Luiz Antonio do Nascimento, existe uma relação direta entre o nível de educação dos eleitores com a ‘qualidade do voto’ e o consequente resultado do processo eleitoral.
Segundo o sociólogo, sem uma formação educacional digna e adequada, uma pessoa não é capaz de fazer leituras do quadro político, social e econômico. E nessas condições a escolha dos representantes não passa por uma análise do candidato que tem as melhores propostas. “O eleitor acaba sendo pautado pela ‘mídia’, pela propaganda, que nem sempre é o real”, disse.
Nascimento ainda ressaltou que apesar da educação ser de fundamental importância para a construção de uma sociedade democrática, uma população que tenha escolaridade elevada não é sinônimo de mudanças no quadro político. Para ele, além da garantia a um ensino de qualidade é preciso fazer com que os veículos de comunicação sejam cada vez mais democráticos, para que as pessoas tenham várias leituras sobre um assunto.
Segundo o TSE, 44% dos eleitores estão nos municípios do interior do Estado. São mais de 870 mil pessoas que os políticos precisam ‘conquistar’ nas urnas, este ano. A participação de jovens de 16 e 17 anos, nesta eleição, é muito baixa. Não chega a 1% o número de pessoas com 16 anos de idade que tirou o título de eleitor para votar e são 28 mil adolescentes de 17 anos que devem ir às urnas este ano. Nesta idade o voto não é obrigatório.(TSE)

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