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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Manaus terá nova frota
 de coletivos até junho

Portalamazonia
Manaus – O prefeito Amazonino Mendes (PTB) disse ontem que 900 veículos do transporte coletivo devem rodar em Manaus até junho de 2011. A nova frota fará parte da licitação já aprovada pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) e sancionada hoje, referente ao transporte urbano da capital. Ao todo, a licitação prevê investimentos na faixa de R$ 5 bilhões nos próximos 10 anos.
Durante coletiva de imprensa nesta tarde, o prefeito afirmou que a licitação deve ser aberta em dezembro deste ano. Os primeiros 450 ônibus devem chegar a Manaus em abril de 2011. Com a segunda remessa, que chega em junho, serão 800 veículos comuns e 100 articulados. Segundo Amazonino, o número corresponderia a mil novos ônibus, devido ao tamanho e capacidade dos veículos articulados.
Através da licitação, a Prefeitura quer atrair novas empresas do transportem para Manaus. “Sempre que tentávamos atrair resolver o problema esbarrávamos na necessidade de tirar essas empresas [Consórcio Transmanaus]. Com esse novo processo, para a atual empresa continuar, vai ser preciso que elas se habilitem”, comentou o prefeito. Atualmente, as empresas deveriam aproximadamente R$ 84 milhões somente de Impostos sobre Serviço (ISS).
Pelo novo contrato, ainda a ser fechado, o transporte seria divido em dez lotes, com no máximo 200 ônibus cada um. A medida combateria o monopólio do serviço e transtornos causados por paralisações, como acontece atualmente. Segundo Amazonino, empresas de outros estados já demonstraram interesse em participar da licitação em Manaus. “Até algum tempo atrás, nenhuma empresa de fora queria vir para cá”, afirmou.
O projeto estabelece que os contratos de concessão ou permissão devem conter cláusulas onde as concessionárias se obriguem a investir, permanentemente, na melhoria e na atualização do serviço público de transporte coletivo de passageiros, em especial no transporte às pessoas com deficiência.
Mudanças
Para o projeto do transporte coletivo, a Prefeitura prevê uma série de mudanças, tanto físicas quanto operacionais. Algumas delas seriam a desapropriações de áreas e alterações em esquinas. O objetivo seria dar mais agilidade a movimentação dos veículos, que hoje trafegariam a uma média de 12 quilômetros por hora em Manaus.
De acordo com o diretor da Superintendência Municipal de Transporte Urbanos (SMTU), Marcos Cavalcante, está prevista também a modernização do atual sistema, com a criação de uma Central de Controle Operacional. Com ela, câmeras devem monitorar cada veículo, possibilitando ao usuário saber em tempo real o tempo de espera do ônibus até o ponto mais próximo. Para o prefeito Amazonino Mendes, Manaus terá a frota mais moderna do país.
Controle
Para essa modernização, está prevista uma nova licitação, que deve ser publicada em 30 dias. Nela, a Prefeitura quer implanta o Sistema Integrado de Gestão Inteligente de Transporte. O programa serviria para controlar todo o sistema de transporte, com estudos técnicos de linhas, paradas de ônibus, controle de passagens e horários de saídas e chegadas aos destinos.
Uma das novidades é o Índice Passageiro por Km (IPK). Com as estatística seria possível estabelecer os gastos em cada linha, analisando dados como a distância percorrida pelos veículos e o número de usuários em cada viagem. Com a informação a Prefeitura vai estudar a compensação de gastos das empresas que fazem longos percursos, a exemplo de linhas que fazem o trajeto entre as zonas Norte e Leste até o Centro de Manaus. Segundo a entidade, serão estudadas duas opções: bolsa compensação ou tarifas diferenciadas para cada linha.
Tarifa
Sobre a cobrança da tarifa do transporte coletivo, Amazonino alertou que ela será reajustada, mas temporariamente. O aumento estaria relacionado com a chegada dos novos veículos e serviria para fomentar a entrada das empresas. “Com esse dinheiro vai ser possível pagar os ônibus novos e incentivar que as concorrentes venham para Manaus”, explicou o prefeito.
Como o valor estaria relacionada à compra dos coletivos, somente as empresas com novos ônibus receberiam a parte excedente do valor tradicional. O restante do arrecadado seria transferido para o Fundo Municipal do Transporte, que subsidiaria melhorias e reformas no sistema.
Monotrilho
Amazonino criticou mais uma vez a implantação do monotrilho. Após dizer que com o fim das eleições poderia falar abertamente, ele chamou o projeto de “sonho irrealizável e inconfiável”. O prefeito voltou a defender que não há estudos suficientes que comprovem a possibilidade da concretização do projeto e afirmou que Manaus teria de pagar um valor muito alto pelo serviço. “O monotrilho é moderno, mas não é transporte de massa. Esse é um projeto capenga e com transporte não dá para brincar”, disse.
Para resolver a questão, Amazonino contou que vai propor ao governador Omar Aziz a realização de um novo laudo técnico para decidir sobre o monotrilho. Segundo o prefeito, a insistência na obra pode atrapalhar a realização da Copa do Mundo de 2014 em Manaus.

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