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terça-feira, 8 de junho de 2010

Economia brasileira apresenta
 crescimento recorde no 1º trimestre

Brasilia - A economia brasileira cresceu 9% no primeiro trimestre de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essa é a maior variação das riquezas do país desde o início da série histórica medida pelo instituto, em 1995.
Os dados divulgados nesta terça-feira (8) mostram o primeiro resultado trimestral positivo desde o fim de 2008. Do último trimestre do ano passado para cá, o PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas) avançou 2,7%, alcançando R$ 826,4 bilhões.
O PIB é um dos principais indicadores da economia de um país e representa a soma das riquezas geradas pelos diversos setores – indústria, comércio, serviços e agrícola. Essa alta, segundo analistas, é resultado do aumento do consumo das famílias, incentivados pelos cortes de impostos promovidos pelo governo desde 2009 para enfrentar a crise econômica.
No ano passado, a economia brasileira acumulou quatro trimestres de queda, em decorrência da crise financeira internacional. Para os analistas ouvidos pelo R7, o crescimento forte já era esperado, e fica bastante próximo dos níveis alcançados pela China – que avançou 11,9% neste começo do ano.
De outubro a dezembro, o PIB havia caído 0,2%. Entre julho e setembro, a economia apresentou retração de 1,7%, depois de cair 1,9% e 2,1% nos dois trimestres imediatamente anteriores. Para o ano de 2010, o mercado aposta em uma alta de 6,6%.
O PIB é calculado a cada três meses pelo IBGE e quando aponta geração de riqueza inferior à do período anterior, indica retração econômica. A recessão ocorre quando essa redução aparece por, pelo menos, dois trimestres seguidos.
Setores
A indústria registrou o melhor desempenho (com alta de 14,6% nos negócios em um ano), com serviços (5,9%) em seguida. A agropecuária cresceu 5,1%, após quatro trimestres consecutivos de queda nessa base de comparação.
A formação bruta de capital fixo, que mede o quanto as empresas elevaram seus negócios, cresceu 26% em um ano. A construção civil subiu 14,9%, enquanto as importações de bens e serviços avançaram 39,5%. As variações são as maiores desde o início da série, em 1995.
No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB cresceu 2,4%, com alta nos serviços (3,6%), estabilidade da indústria (zero de crescimento) e queda na agropecuária (-3,3%).
Entre os serviços, o grande destaque ficou com comércio (15,2%), transporte, armazenagem e correio (12,4%), intermediação financeira e seguros (9%), serviços de informação (2,6%), outros serviços (2,4%), administração, saúde e educação pública (2,3%) e serviços imobiliários e aluguel (1,8%).
Na atividade industrial, o destaque foi o crescimento de 17,2% do valor adicionado da indústria da transformação, influenciada pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos, eletrodomésticos, indústria automotiva, metalurgia, indústria têxtil, produtos químicos e artigos de borracha e plástico.
A construção civil cresceu 14,9% , beneficiada pelo aumento das operações de crédito para a habitação e pelo aumento de ocupações no setor.
Consumo e crédito
Carlos Alberto Safatle, presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia) e professor da PUC-SP, diz que esse crescimento já era esperado para os meses de janeiro a março. Para ele, as medidas de redução de impostos sobre automóveis e eletrodomésticos elevou o consumo.
- Isso proporcionou um aumento real de salários, isto é, com o mesmo salário nominal os consumidores passaram a poder comprar mais. E esse IPI menor com certeza aparece nesse crescimento do PIB.
Bernardo Wjuniski, da consultoria Tendências, diz que esse resultado é bom para o trabalhador. Ele afirma que, mesmo que o país não tivesse produzido nada até agora, o país ainda poderia sentir os bons negócios gerados no ano passado.
- O país produz mais, a população consome mais, a renda cresce, o emprego aumenta e a produção sobe, fechando o ciclo. O PIB vem crescendo desde o fim do ano passado e, se não tivéssemos produzidos nada, já cresceríamos 3% neste ano.(Reuters)




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