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sábado, 15 de maio de 2010

Acidente aéreo
Homenagens e emoção marcam velório das vítimas

Manaus - No local, foram velados os corpos dos funcionários da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Cínthia Régia (secretária), Karla Azevedo, Eliana Pacheco e Marivaldo Oliveira.
Os corpos da técnica, Maria Suely Costa, e do piloto, Miguel Vaspiano, foram velados no Centro Social do bairro Santo Antônio e na funerária Almir Neves, no Centro, respectivamente. Pela manhã, seis padres promoveram a celebração eucarística de corpo presente, que contou com a participação de músicos da Amazonas Filarmônica.
A secretária-executiva da Seduc, Sirlei Henrique, lembrou que a professora Cínthia Régia se dedicou por cinco anos ao aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos alunos amazonenses. “Além disso, a professora estava empenhada para que os alunos da rede pública estadual se preparassem para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”, exemplificou.
O ex-secretário, Gedeão Amorim destacou que foi pelas mãos de Cinthia Régia, à frente do Departamento de Políticas e Programas Educacionais da Seduc, a implantação do novo modelo da educação do Amazonas. “Essa prerrogativa habilitou a professora a me substituir como secretária de estado”, relatou.
A mãe da professora Cínthia Régia, Regina do Livramento disse que a filha tinha a carreira de educadora como uma paixão. “Talvez ela tenha morrido feliz, pois se foi no exercício de sua profissão”, frisou.
Sepultamento
No fim da tarde, Cínthia foi sepultada no cemitério Parque Tarumã, na Zona Oeste. Muito emocionado, o marido da vítima, José Roberto Pinto Serrão, estava casado com Cínthia há dez anos e disse que temia pelas constantes viagens da educadora ao interior. “Ela não tinha medo de avião, nossa preocupação era em relação às aeronaves. Eram pequenas demais. Mas ela sempre dizia que não poderia deixar de cumprir os compromissos”, lamentou.
Também foram enterrados no fim da tarde no Parque Tarumã, Maria Suely, Miguel Vaspiano e o fotógrafo Marivaldo Oliveira. No cemitério São João Batista, no Centro, foi sepultado o corpo de Karla Azevedo e no Santa Helena, São Raimundo, Zona Oeste, Eliana Pacheco.
Maio: mês da coincidência trágica
Ontem, completou seis anos do acidente com uma aeronave Brasília da Rico Linhas Aéreas, que caiu na cidade provocando a morte de 33 pessoas. A tragédia ocorreu quando a aeronave se preparava para pousar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Não houve sobreviventes.
O avião havia partido de Manaus e seguido para Tefé. De lá prosseguiu para São Paulo de Olivença, foi para Tabatinga, retornou para Tefé para, em seguida, voltar a Manaus. A aeronave desapareceu neste último trecho.
A aeronave, prefixo PT-WRO, estava com a documentação em dia e com a manutenção em ordem, segundo Departamento de Aviação Civil. Até hoje não se sabe a causa do acidente.
Piloto esteve em outras cinco quedas
Ele nasceu nos ares, virou piloto profissional, escapou de cinco acidentes de avião e morreu ontem no bimotor Seneca que caiu em Manaus.
Para a filha de Miguel Vaspiano, a habilidade do pai também deve ter evitado uma tragédia maior, pois a aeronave caiu ao lado de um colégio e a poucos metros de um conjunto de casas.
Segundo Andréa, em 34 anos de profissão, o paranaense de Maringá sofreu cinco acidentes no ar, sem registro de mortes, graças à destreza adquirida em voar para garimpos na serra Pelada, na Amazônia.
Em um dos casos, o comandante Vaspiano, como era conhecido nos hangares, salvou sete pessoas: a mulher grávida, dois filhos e mais quatro parentes. O voo seguia de Goiânia para Itaituba (PA), onde a família morava nos anos 80. Coincidência ou não, o avião sofreu uma pane na região de Maués (a 375 quilômetros de Manaus) — a mesma cidade que seria o destino da viagem de anteontem — e perdeu contato com a torre em plena selva amazônica. “A saída foi pousar em uma beira de praia”, lembrou a filha do piloto.(Diadia -Emtempo)

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