Restaurante na África do Sul
serve zebra e girafa na brasa
Joanesburgo, Africa do Sul - Quem viaja para a África do Sul sabe que irá se deparar com diferentes animais em muitos lugares: são parques de leões, santuários de elefantes, observatórios de macacos, safáris diversos... Mas, para quem quiser, a experiência pode ir além. É possível encontrar, no país da Copa do Mundo, até mesmo uma churrascaria que serve carne de zebra e de girafa. O GLOBOESPORTE.COM foi conhecer e – é claro – experimentar.
Um pouco afastado do centro de Joanesburgo, o restaurante Carnivore chama a atenção do visitante logo no hall de entrada. Decorado com estátuas de figuras ilustres locais, como o ex-presidente Nelson Mandela, e com fotos de animais ferozes, o estabelecimento é um dos três da rede – os outros são no Quênia e no Egito – fundada há 22 anos. Quem recebe a reportagem é o gerente Toni Loureiro, um português radicado na África do Sul. Simpático, ele dá logo um aviso:
- Aqui não entra quem é vegetariano...
E nem poderia. Um vegetariano se assustaria assim que chegasse ao salão principal, onde uma enorme churrasqueira construída em forma de círculo fica repleta de espetos. De quê? De quase tudo o que você possa imaginar...
O cardápio tem opções como zebra e crocodilo
Temos carne de quase todos os animais africanos. Com exceção do “big five”. Os cinco grandes animais da África do Sul são protegidos e não podem ser abatidos - explica o gerente, referindo-se ao leão, ao elefante, ao leopardo, ao búfalo e ao rinoceronte.
Os proprietários do Carnivore possuem uma fazenda com cerca de 35 mil cabeças. Ali, criam, tratam e matam os animais. Para poder comercializá-los, eles precisam de diversos tipos de autorização: do governo, da vigilância sanitária, de veterinários... Para a brasa vão apenas o traseiro e o pernil. As outras partes viram salsichas e almôndegas, servidas como entradas no jantar.
Entre as carnes mais apreciadas pelos clientes, Toni Loureiro aponta a zebra e a girafa. Mas no dia em que a reportagem do GLOBOESPORTE.COM foi ao restaurante, a girafa estava em falta. Após poucos minutos à mesa, chega um garçom com um espeto na mão ostentando um enorme pernil e faz a oferta:
Três segundos de dúvida e a resposta vem rápida:
- Claro. É por isso que viemos aqui.
O gerente português Toni Loureiro olha orgulhoso para a churrasqueira repleta de espetos
Ao degustar a zebra é impossível não pensar no simpático bichinho que corre livre pelas savanas ou que alegra os nossos filhos na série de desenhos Madagascar no cinema. Mas o remorso vai embora cedo...
A carne de zebra é diferente. Bem assada, com uma leve casquinha crocante, mas com um gosto um tanto quanto amargo. Pelo paladar do brasileiro, dificilmente alguém trocaria uma picanha bovina pela tal da zebra.
Logo em seguida, quase como num esquema de rodízio brasileiro, outros espetos começam a chegar à mesa: crocodilo, impala, kudu... Dessas, o kudu – uma espécie de antílope – foi a unanimidade na mesa dos brasileiros. Por 175 rands – o equivalente a R$ 42 – a experiência vale a pena. É conhecer a fauna africana, digamos, sob um outro olhar.(G.Esporte)
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