Justiça vai desocupar 33
áreas de risco na cidade
Manaus - Até o final do mês, 33 áreas de risco terão que ser desocupadas em Manaus. Foi o que ficou definido ontem, em reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), órgão coordenado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Um levantamento feito pela Defesa Civil indicou que nestas áreas vivem aproximadamente 1.150 que terão que ser obrigatoriamente transferidas para outros locais.
Uma força-tarefa composta pelas polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, secretarias municipais e estaduais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Assistência Social (Seas e Semasdh), Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e da própria Defesa Civil vai atuar em ações junto aos moradores até que a Justiça cumpra os mandados de reintegração de posse.
Um dos participantes da reunião do GGI, o juiz da Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa), Adalberto Carim, assegurou que até terça-feira (18) despachará os mandados para que os oficiais de Justiça comecem a notificar os ocupantes dessas áreas, a maior parte delas localizadas em fundo de vales e sujeita a erosão e deslizamentos de terra.
A ocupação na rua Eucalipto, no Jorge Teixeira (Zna Leste), por exemplo, é um dos alvos da operação do GGI. Aproximadamente oito casas estão construídas no fundo de um barranco de 80 metros de profundidade. Lá moram pelo menos 40 pessoas, sujeitas a tragédia a qualquer momento. A Defesa Civil aponta que as áreas de risco estão nas zonas Leste e Norte de Manaus.
O secretário de Segurança Pública, Geraldo Scarpellini, que coordenou a reunião, disse que o objetivo da força-tarefa é dar apoio à missão da Justiça de desocupar essas áreas de forma ordeira, evitando qualquer situação de conflito com os moradores. Ele disse que as secretarias de assistência social do Estado e da prefeitura vão iniciar na próxima semana visitas de orientação e cadastramento dos ocupantes dessas áreas. “Haverá um tempo razoável para que a desocupação ocorra de forma tranquila. O ideal é que nem precisemos empregar a polícia para a retirada dos moradores dessas áreas, que são perigosas para fins de habitação”, disse.
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