Tido como aliado de primeira linha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Eduardo Braga (PMDB), que após um longo distanciamento do senador-ministro Alfredo Nascimento (PR) e uma reaproximação antes do anúncio de Manaus como uma das sub-sedes da Copa de 2014, parece que se meteu politicamente numa sinuca de bico.
É do conhecimento de todos, que o senador Alfredo Nascimento, será mesmo candidato ao Governo do Estado nas próximas eleições e certamente, contará com o apoio do presidente Lula.
O aliado Eduardo Baga, parece que voltou a se distanciar de Nascimento e está trabalhando para emplacar a candidatura do vice-governador Omar Aziz (PMN), o que teria desagradado e muito a Lula, que tenta de todas as maneiras viabilizar a candidatura da ministra Dilma Roussef à presidência da República.
Mesmo respeitando as políticas partidárias regionais, o presidente Lula, na sua última e recente visita a Manaus para a inauguração do gasoduto, deixou claro que o seu candidato ao Governo do Amazonas é o ministro Alfredo Nascimento e não viu com bons olhos a posição que estaria sendo assumida por Braga em apoio à candidatura de Aziz.
Dizem os observadores de plantão, que o presidente Lula teria ficado furioso com a posição política assumida por Braga, que deseja o seu apoio ao seu candidato Alfredo Nascimento e essa posição do presidente, poderá quem sabe, atrapalhar no futuro as pretensões de Omar Aziz, que sem o apoio do governador não terá a mínima chance de vitória nas eleições do próximo ano.
No meio da semana passada, numa rápida passada por Brasília e fora de qualquer agenda, Eduardo Braga teve encontros com a ministra Dilma e com o presidente Lula. O que foi tratado ninguém sabe, mas resta a menor dúvida de que o prato principal da à conversa foi política e sem nenhuma dúvida em primeiro plano a sucessão estadual no Amazonas.
Como os “pacotes” eleitorais ainda não estão fechados, o que deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2010, ainda há tempo para muita coisa, até mesmo para quem quiser mudar de idéia. O que não pode mais é trocar de partido, mas o resto, tudo é válido, até porque ainda não aconteceram as convenções que definirão as coligações e as candidaturas para o pleito do ano que v em.
Com relação às eleições do ano que vem o certo é que Alfredo Nascimento já conta com o apoio do prefeito Amazonino Mendes (PTB), anunciado publicamente e de quebra algumas tendências do PT, considerando que o presidente regional do partido é o senador João Pedro, suplente de Nascimento e que em função das circunstâncias, deverá funcionar como o maior “cabo eleitoral” de Alfredo. Com a vitória de Nascimento, o PT tiraria um senador do PR, no caso o próprio Alfredo e efetivo João Pedro, do PT como senador. A coisa não é tão complicada e dá para entender direitinho.
Devido à situação do senador João Pedro, não se sabe ainda qual será a posição política do PT para as próximas eleições, mas penso que o Partido dos Trabalhadores, vendo a possibilidade de efetivar mais um senador em Brasília, poderá abrir mão de fechar questão e com isso melhorar as coisas para o lado do senador João Pedro e de quebra para Alfredo Nascimento.
O melhor que se tem a fazer no momento, é aguardar o desenrolar dos acontecimentos, ver como se comportam as negociações políticas e a partir daí, se tentar um prognóstico mais aproximado de como as coisas ficarão. Agora, tudo fica no campo das suposições e sobre hipóteses não se define nada.
Enquanto as coisas não se definem, quem gosta de política pode continuar conjecturando e fazendo apostas com os amigos. Jogo senhores...
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
e-mail: osnyaraujo@bol.com.br
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
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