Brasilia - O presidente Lula durante reunião com jornalistas na manhã desta segunda-feira (21), em Brasília (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência)O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (21), durante o tradicional café da manhã do final de ano com jornalistas, que “não sabe” se uma chapa pura do PSDB, composta pelos governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, comporia um adversário mais difícil para a pré-candidata do PT à sua sucessão, a ministra Dilma Rousseff.
“Não sei. Tem que ver. Às vezes dois Coutinhos ou dois Tostões não funcionam tão bem como a gente imagina. Às vezes precisa de outro elemento para dar certo”, argumentou, fazendo uma analogia com futebol.
Na avaliação de Lula, o governador mineiro desistiu de concorrer à presidência - decisão anunciada por Aécio na quinta-feira (17) passada - por “questões internas” do PSDB. Segundo o presidente, Aécio provavelmente “sentiu que o Serra tinha mais chances dentro partido”. Lula disse que pretende telefonar depois do Natal para o governador mineiro para falar sobre política. “A gente sempre aprende falando de política com o Aécio”, elogiou Lula.
PMDB
Lula disse também que não acredita que o PMDB possa mudar de lado e apoiar o candidato tucano à presidência. “Eu não acredito [nessa possibilidade], mas temos que aguardar para ver o que vai acontecer até maio”, comentou.
Aécio diz que não cogita ser vice de Serra 'Minha prioridade é governar', diz Serra 'Agora é Dilma contra Serra', diz presidente do DEM Aécio Neves desiste de disputar a Presidência em 2010 Para Sarney, Lula não teve intenção de interferir no PMDB ao sugerir lista tríplice Relação de PT e PMDB não ficou abalada após declarações de Lula, diz ministro PMDB deve decidir sobre eleições em junho, diz Temer
O presidente explicou ainda que não quer interferir na escolha de um candidato à vice para a ministra Dilma Rousseff. Segundo ele, quem tem que tratar disso é a própria ministra. “Eu não quero nem estar junto quando discutirem isso. Quem tem que dar os passos daqui para frente é a Dilma mesmo. Tem que conversar com o PMDB e com os outros partidos da base aliada porque queremos todo o apoio que a Dilma puder ter”, disse.
Há duas semanas, Lula chegou a dizer que o pediria ao PMDB para apresentar uma lista tríplice com indicações para compor a chapa com Dilma. A declaração causou mal estar no partido e desde então o presidente tem tentado evitar novos desgastes.
Ciro
O presidente disse também que se perceber que não cabe mais de uma candidatura de apoio ao governo em 2010 pretende conversar com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para que ele retire sua candidatura.
“Certamente vou fazer de tudo para os que me apoiam apoiem a Dilma. Se perceber que a base não comporta mais que uma candidatura falerei com ele [Ciro Gomes]”, disse.
Lula também teceu críticas ao diretório regional de São Paulo do PT. "Deus me livre me meter lá [no PT de São Paulo], lá tem muito cacique”, disse o presidente.
Segundo ele, o partido cometeu erros nas últimas eleições. “O PT em São Paulo cometeu o erro de não repetir candidaturas ao longo dos anos. Nós nunca repetimos um candidato em São Paulo. Outro erro é não perceber que com 30% de apoio não se ganha uma eleição de dois turnos. Acho que o PT precisa encontrar sua cara metade em São Paulo, que não pode ser igual a si mesmo. Nós sempre coligamos com partidos de esquerda, ou seja é soma de zero com zero”, criticou o presidente.
Meirelles
Questionado se trabalhava com a possibilidade do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deixar o governo para disputar eleições em 2010, o presidente disse que espera que ele conclua seu mandato à frente da instituição.
“Não posso falar disso, mas se depender de mim, ele fica à frente do Banco Central até 31 de dezembro de 2010”.(G-1)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário