*Osny Araújo
Domingo a brasileira nação estará realizando uma grande festa democrática, com as eleições gerais, quando serão eleitos 1.654 políticos entre presidente da República, governadores de Estados, senadores, deputados federais e estaduais, oportunidade em que, o eleitor deverá estar atento para votar com consciência nos candidatos que apresentaram as melhores propostas para a sociedade, de acordo com os cargos disputados. No domingo, dia três de outubro o nosso grande encontro será com as urnas.
A eleição, certamente será igual as demais, mas a campanha, que já foi oficialmente encerrado, teve significativas alterações para melhor. Os candidatos foram menos barulhentos, as ruas da cidade ficaram menos poluídas, os “showmícios” não existiram e os programas políticos pelo radio e TV, apesar de alguns senões, foram mais respeitoso, o mesmo ocorrendo com os tradicionais debates pela televisão.
No espaço de espera do pleito, algumas coisas ocorreram, até provocados pela Justiça. Ainda bem, que mesmo com o pedido de vista de um ministro, o STF alijou do processo eleitoral a obrigatoriedade do eleitor comparecer para votar com dois documentos, ou melhor, com um documento e meio, considerando que o Título de Eleitor, como documento não vale nada, basta que o eleitor seja devidamente cadastrado junto aos Cartórios Eleitorais. Documento sem foto, não é documento e o titulo eleitoral brasileiro é assim. Ainda bem que bom senso prevaleceu e o eleitor poderá votar com um documento legal de identidade, desde que cadastrado no Cartório Eleitoral e saiba o seu local de votação.
Outra questão que poderá tirar um pouco o brilho do pleito, ainda contou também, com a participação da Justiça, quando deixou indefinida a questão do “ficha limpo”. Ora, político que tem ficha suja, seja antes ou após a lei, não tem a ficha limpa, logo, não precisa ser nenhuma assumidade jurídica para saber que um processo ou uma renúncia para fugir a uma cassação, não pode e nem deve ser considerado ficha lima.
Com esse imblóguio criado pelo próprio STF, dessa festa participarão muitos intrusos e indesejáveis candidatos, mas que não foram barrados do baile e participam desse grande momento democrático.
Diante disso, os resultados das eleições de domingo, aqueles que estão com problemas na Justiça, acusado de ficha suja, vão atrasar o resultado oficial do pleito, considerando que, esse fato só será oficializado após nova decisão do Supremo Tribunal Federal, sabe-se lá, quando. Espero que seja antes da diplomação e posse, que será em janeiro de 2011.
O certo, é que existem no STF 1,9 mil recursos de candidaturas impugnadas em todo o País, dos quais 169 envolvidos diretamente com o ficha limpa, exatamente acusados de fichas sujas.
Até as últimas eleições, os votos em candidatos nessa situação, eram automaticamente destinados às legendas partidárias, com o que era feito o quociente eleitoral e a conseqüente determinação de vagas legislativas para partidos ou coligações.
Agora, a coisa será diferente. A lei foi alterada e esses votos passam a ser considerados nulos e com isso, se o julgamento ocorrer, por exemplo, após a posse, ocorrerão substancias mudanças nas bancadas, considerando que deverá ser calculado um novo quociente eleitoral para saber-se na realidade, que tem ficha suja, perderão os mandatos, abrindo vagas para os fichas limpas. Nada mal, mas isso, deveria ter sido antes das eleições. O que se pode esperar com essa história, é muita confusão para o próprio STF decidir.
Bem, quem criou o impasse foi a Justiça e a ela, caberá a responsabilidade de resolver, por isso, vamos falar agora apenas em eleição.
O voto é um instrumento poderoso, é a maior arma do cidadão num país democrático e com a sua participação, votando de forma consciente e responsável, poderemos ditar grandes mudanças no Amazonas e no Brasil. O voto, não pode e nem deve ser moeda de troca. O voto é consciência, é dignidade, é responsabilidade, é o futuro.
Não vote em qualquer um, em candidatos bizarros apenas pelo fato de protestar. Proteste votando contra os maus políticos, cassando ou seus mandatos com essa arma fantástica e impedindo outros políticos sem propostas assumam esses importantes cargos outorgados pelo povo. Eleição é coisa séria. Não se esqueça disso. Bom voto a todos. Nos reencontraremos após as eleições.
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário