Homenagem polêmica

Com gastos de R$ 1,3 milhão, festa

reúne multidão no sambódromo

Manaus – A polêmica Festa do Trabalhador, realizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT/AM) com recursos públicos de mais de R$ 1 milhão, levou milhares de pessoas ao sambódromo de Manaus, na noite do feriado do Dia do Trabalho (1).

Com estimativa de reunir 70 mil pessoas , o evento iniciou às 19h, com as bandas locais Cuka Fresca, Tô a Tôa, Contatos Imediatos, Bagaceiros do Forró e atrações dos bumbás Garantido e Caprichoso.

Com o sucesso do ritmo paraense Techno Brega, a banda Djavú, surgida na Bahia, foi a grande atração da noite.

A entrada da festa era um pacote de leite, que será doado a instituições filantrópicas como Moacir Alves, GAC (Grupo de Apoio à Criança), Raio de Sol e Lar Batista Jannel Doly.

"Escândalo"

O alto valor investido no evento, em torno de R$ 1,3 milhão, foi alvo de críticas durante toda a semana na capital amazonense. A Prefeitura de Manaus doou mais de R$ 500 mil à festa, e o Governo do Estado, R$ 800 mil.

Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Amazonas, Valdemir Santana, dos recursos do Governo do Estado, R$ 221 mil seria para a locação do espaço físico e organização do evento, e R$ 617 mil destinados ao pagamento da taxa do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais (ECAD) e das atrações musicais.

O dinheiro doado pela Prefeitura seria para pagamento do som e iluminação do palco, no valor de R$ 97 mil, e R$ 280 mil para a confecção de mais de 50 mil abadás.

As empresas do PIM se responsabilizaram pelos prêmios sorteados para os trabalhadores presentes, como eletrodomésticos e TVs de LCD.

O presidente da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), Valderli Bernardo, taxou de absurda a quantia doada, e afirmou que irá processar o presidente CUT-AM por uso indevido do nome CTB na propaganda do evento.(P.Amazonia)