Amazonas reduz em 38,8% o número
de casos confirmados de malária
Manaus – Segundo o balanço parcial da da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Manaus apresentou uma redução de 38,8% no número de casos confirmados de malária em abril, no quadro comparativo com março deste ano. Ao todo, foram registrados 800 casos da doença em abril, contra 1308 em março.
Os dados de abril representam, ainda, queda de 20,3% na quantidade de ocorrências de malária, em relação ao mesmo período do ano passado, e de 49,6%, quando comparados com abril de 2008. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Francisco Deodato, a redução deve-se às ações desenvolvidas através da Operação de Combate à Malária da Prefeitura de Manaus, executada em parceria com o Governo do Estado.
A Operação começou no dia 18 de janeiro e se encerra nesta sexta-feira (30). “Essas ações, realizadas nos feriados prolongados e fins de semana, se intensificaram principalmente nos meses de fevereiro e março, o que explica a baixa nos casos de malária em abril”, afirma Deodato.
A Operação de Combate à Malária visa eliminar a circulação do agente causador da doença – o Plasmodium sp. Além das visitas aos sítios, balneários e ocupações desordenadas da área rural das zonas leste e oeste da cidade, onde a incidência dos casos é maior, a Operação incluiu ações de intensificação de controle vetorial (borrifação, termonebulização e aplicação de biolarvicidas), busca de casos de infecção, por meio da coleta de material em lâmina, e campanhas educativas, com distribuição de folders, cartazes e panfletos sobre a doença.
Neste período, a Semsa também realizou telagem de portas e janelas de 3.800 imóveis da área rural, sendo 2.600 na zona Leste e 1.200 na zona Oeste da capital. O Governo do Estado, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), distribuiu mosqueteiros especiais de longa duração, impregnados com inseticida, a duas comunidades da zona rural.
Segundo dados da Semsa, a maior incidência de casos de malária é verificada entre os meses de junho e setembro e tem relação direta com o clima da região. Segundo o chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Vanderson Sampaio, o fenômeno está relacionado ao clima.
“Historicamente, os registros aumentam nessa época do ano. A diminuição das chuvas e, por outro lado, o aumento do calor, típico daestação, são condições favoráveis para o desenvolvimento e a reprodução do mosquito”, explicou.
Vanderson orienta a população a manter cuidados de proteção individual e coletiva à malária, independente da época do ano.
“Nos fins de semana e feriados, durante as idas a balneários, sítios, clubes ou mesmo lugares mais distantes do centro urbano, é necessário utilizar repelente. Para os cuidados coletivos, o indicado é que o lugar visitado, ou mesmo de moradia, mantenha equipamentos como proteção de tela, mosqueteiros, entre outros. É importante, também, não se expor entre o anoitecer e as primeiras horas da manhã, porque esse é período do dia de maior atividade do mosquito”, alerta.
Conforme Sampaio, as áreas de risco de infecção contam com dois fatores: a presença de vetor e população infectada. “Por isso, nesses lugares, a atenção tem que ser redobrada”, ressalta. Na foto, o fumacê sendo aplicado numa área rural do município de Coari.
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