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sábado, 25 de julho de 2009

SUPERCÂMERAS VIGIARÃO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA



Manaus - A fiscalização do desmatameda na Amazônia ganha um novo aliado. Trata-se da câmera MUX, fabricada em São Carlos (SP), que acaba de ser entregue ao Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). O equipamento será colocada dentro de satélites desenvolvidos em parceria com a China
A câmera pesa cerca de 120 quilos e está preparado para enxergar objetos de até 20 metros de tamanho. “Os satélites que levarão a câmera] voam a 778 quilômetros de altura. Eles dão a volta ao redor da terra em mais ou menos 100 minutos. Dentro desses satélites vão quatro câmeras. Duas brasileiras e duas chinesas”, explica Mario Quintino, coordenador-geral de Engenharia e Tecnologia Espacial do INPE.
Uma das funções da lente será fotografar a Amazônia para gerar relatórios de desmatamento. Uma vez por mês, o Inpe publica um alerta com os pontos críticos de devastação na região. Anualmente, o instituto também lança um balanço com a medição de todo o desmatamento ocorrido durante 12 meses.
TENOLOGIA NACIONAL
Segundo Quintino, a MUX é a câmera espacial mais avançada já produzida no Brasil. Para o desenvolvimento e fabricação de seis equipamentos desses, a empresa Opto, que é nacional, recebeu R$ 85,1 milhões. “Para equipamentos que estamos fazendo pela primeira vez, é um preço extremamente competitivo em termos mundiais”, afirma.
Como vai a bordo de um satélite, a câmera não pode ser semelhante a um equipamento comum, usado por fotógrafos. “Ela é grande por que tem que ter confiabilidade, redundância. Se falhar alguma coisa, tem que haver algo que supra essa função automaticamente. Por ser um instrumento que voa em satélite, não é possível fazer manutenção”, diz o engenheiro do Inpe.
PARCERIA
A nova câmera equipará os novos satélites do programa CBERS (sigla para “China-Brazil Earth Resources Satellite”, ou, em português, “Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres”). Por meio desse projeto, o Brasil já lançou três satélites: CBERS 1, 2 e 2B, o último atualmente em operação.
Os CBERS 3 e 4 devem ser colocados em órbita em 2011 e 2014. “Nos três primeiros satélites, a divisão do trabalho era 70% chinesa e 30% brasileira. O programa cresceu favoravelmente a nós. Hoje, a divisão de trabalho é de 50% [para cada lado]”, informa Quintino.
As imagens captadas pelos equipamentos sino-brasileiros são livres – uma atitude pioneira tomada pelo Inpe e que agora é seguida por outros países, como os Estados Unidos. O download das fotografias espaciais pode ser feito a partir do site do instituto.(Fonte: Portal Amazonia )

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