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sábado, 13 de junho de 2009

ABERTA A CAIXA PRETA - *Osny Araújo


Não amigos. Ainda não é a caixa preta do Airbus da Air France que caiu no Atlântico. Estou falando da caixa preta do Senado da República que foi encontrada e aberta para felicidade da sociedade e desespero dos todos poderosos e pobros senhores senadores da República.
Costumeiramente na mídia nacional, como protagonistas de escândalos, os ilustres senadores parecem que não tomam jeito mesmo e a respeitosa instituição que deveria ser orgulho de todos nós e dar exemplos de seriedade, austeridade e transparência administrativa, vive às voltas com esses escândalos e agora surge mais um. Os atos considerados secretos que vinham sendo praticados pelo Senado sem que a sociedade tivesse conhecimento. Uma vergonha.Levantamento minucioso feito no Senado encontrou uma verdadeira caixa preta, contendo aproximadamente trezentos atos que não foram publicadas, gerando gastos desnecessários, criando empregos e abrigando servidores fantasmas.Nos atos secretos que a sociedade não teve conhecimento, aparece com destaque a pratica de fisiologismo manipulado pelos ilustres senadores. Os mesmos que quando ocupam a tribuna falam em austeridade, transparência, ética e outras cosias mais. Tudo falácia e nada mais.Os discursos não batem com a prática, servindo apenas para efeito de mídia. Discurso e prática no Senado são coisas absolutamente antagônicas, por isso, não caminham na mesma direção.Na caixa preta, onde estavam os atos secretos do Senado, foram encontradas, nomeações onde fica caracterizada a prática do nepotismo, como por exemplo, a nomeação da ex-mulher do deputado Eliseu Padilha, do PMDB do Rio Grande do Sul, na Advocacia Geral do ex-presidente da Câmara de Murici, cidade que é governada pelo filho do ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB alagoano, além de um neto do todo poderoso presidente da Casa, o maranhense José Sarney, que tem mandato pelo estado de Amapá, que era lotado no gabinete de Epitácio Cafeteira, do PTB maranhense, entre outros. Um festival de nepotismo e de fisiologismo, que os bravos senadores condenam da tribuna, mas que praticam secretamente nos refrigerados gabinetes do Senado na capital federal.Ora. Se os atos foram éticos, morais e transparentes, porque esconde-los da sociedade? Porque mante-los secretos? É aquela história. Quem não tem crime não teme. Se tudo estava correto, porque não tornar esses atos públicos?Ainda bem que a imprensa brasileira vem cumprindo com o seu importante papel e fuçando aqui e ali, vez por outra descobre coisas que a sociedade são sabia e escancara para a opinião pública. A partir daí, as providências começam a ser tomadas. E se não fosse à imprensa, será que os nobres senadores por livre e espontânea vontade iriam consertar e tornar público os seus erros? Você acredita nisso? Eu não, por isso, viva a imprensa, que cumprindo com o seu importante papel, vai ajudando a escrever uma nova história em nosso País.A verdade é que estudos realizados pela respeitosa Fundação Getúlio Vargas, foi tornado público que o Senado possuía mais de seiscentas, isso mesmo, seiscentas funções comissionadas e cargos com gratificação e segundo os rastros desse trabalho, descobriu-se em baixo dos tapetes da Casa, a Caixa Preta com os atos que eram guardados protegidos por sete chaves, como segredo absoluto, onde apenas alguns poucos privilegiados tinham acesso, mas que graças a Deus vieram à tona e dessa forma, o Brasil ficou conhecendo mais um dos muitos escândalos produzidos nos últimos tempos pelo respeitoso Senado da República.*Osny Araújo é jornalista e analista político.E-Mail: osnyaraujo@bol.com.br

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