MANAUS – Lideranças indígenas que ocupam o prédio da coordenação regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Manaus, ameaçam atear fogo no prédio, até às 16h de hoje (22), se não tiveram suas reivindicações atendidas.
De acordo com o cacique Luís, da etnia Sateré Mawé, os índios estão dispostos a morrer, mas não sairão do local. Ele disse que da última vez reberam várias promessas, mas nada foi cumprido. Nossos irmãos nas aldeias morrem de hepatite, malária, diarréia e ninguém faz nada. Muitas aldeias são distantes, temos que viajar muitos dias de barco para buscar socorro e a gente vive lá sem assistência, disse o cacique.
Os índios exigem a substituição do coordenador da Funasa, Pedro Paulo Coutoinho e a indicação do índio da etnia mura, Zenilton de Souza Ferreira, para o lugar para o lugar de Radamésio Velasques de Abreu, também indígena, na direção do Distrito Sanitário Especial Indígena de Manaus (Dsei-Manaus).
Os indígenas disseram na manhã de hoje (22), que estão dispostos a matar ou morrer para terem suas exigências atendidas. O prazo estipulado pela Justiça Federal para que haja a desocupação do prédio vence às 16h desta segunda-feira.
Segundo o cacique Antônio Mura, 507 indígenas de 20 municípios do Estado já se encontram na fundação, dispostos a resistir ao cumprimento da reintegração e até morrer em confronto com a polícia.
O cacique disse ainda que estão armados com lanças, porretes, arcos e flechas e que juntaram pneu velho e gasolina.
Desta vez até nossos irmãos isolados estão aqui, gente que nunca veio. Estamos dispostos a tudo, mas não vamos sair. Nós temos até flecha com veneno, disse o cacique.(Portal Amazônia)
segunda-feira, 22 de junho de 2009
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