Pesquisar este blog

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Agronegócios

Safra Brasileira tem R$ 116 bilhões para 2010/2011

                                                          *Thomaz Meirelles
Mais uma vez, o MAPA lança o Plano Safra contendo inúmeras e importantes medidas para o setor rural. É fato, também, que o plano safra empresarial tem pequena interferência na agropecuária amazonense em decorrência do nosso atual estágio. Contudo, a partir de 2009, com a implementação da PGPM da sociobiodiversidade passamos a beneficiar os extrativistas de borracha e castanha-do-brasil. Vale, entretanto, lembrar que precisamos continuar pleiteando a inclusão do jaraqui, cacau (extrativismo) e do pirarucu de manejo na PGPM. Ressalto, ainda, que o próximo governador do Amazonas deve ter como meta um maior acesso a esses bilhões, mas, para isso, precisamos ampliar o número de agências (bancos oficiais) que ofertam o crédito rural e ampliar a estrutura do IDAM. Caso contrário, continuaremos em penúltimo lugar em nível nacional superando apenas o Amapá.
R$ 16 bilhões para agricultura familiar
Nesta e nas próximas semanas, destacaremos aspectos importantes do plano safra do MAPA, tais como: crédito rural, zoneamento agrícola, comercialização, entre outros. A safra 2010/2011 começa com resultados recordes de produção, um contexto econômico de estabilidade no Brasil e o fato de que o desenvolvimento sustentável deixou de ser ideal e tornou-se realidade para o setor rural. No Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresenta metas e ações que confirmam e reforçam a vocação da produção rural brasileira de conjugar crescimento econômico, responsabilidade social e respeito ao meio ambiente. Neste ano o plano prevê R$ 100 bilhões de financiamento para a agricultura empresarial entre 1º de julho de 2010 e 30 de junho de 2011. Um incremento de 8% em relação ao período da safra anterior. Além disso, o volume de recursos de apoio à comercialização aumentou dez vezes, nos últimos sete anos. Desde 2002, o orçamento da União para a produção rural quadruplicou. Há oito anos, foram alocados pelo Governo Federal para a agricultura R$ 24,7 bilhões. Para esta próxima safra, o total será de R$ 116 bilhões, incluindo os R$ 16 bilhões da agricultura familiar. O resultado dessa atenção especial ao campo é mais riqueza para o País, geração de empregos, uso de melhores tecnologias, respeito à sociobiodiversidade e melhores condições para os agricultores de médio porte e para todo o setor rural brasileiro. Neste plano agrícola, o Governo Federal reitera o incentivo ao médio produtor, que vai dispor de mais recursos para viabilizar sua produção. É claro que também os grandes produtores terão suas necessidades financeiras atendidas, assim como os pequenos agricultores, que já contam com um programa específico, o Pronaf, no âmbito do Ministério de Desenvolvimento Agrário.
R$ 5,2 bilhões para comercialização
Para garantir os preços mínimos aos produtores, está programado o aporte orçamentário
de R$ 5,2 bilhões, o que permitirá a aplicação dos instrumentos de equalização de preços, aquisição direta dos produtores, além da oferta de contratos públicos e privados de opção de venda. Essas operações reduzem a volatilidade de preços e viabilizam a melhoria na renda do produtor. Diante da relativa estabilidade econômica nesse período, os valores dos preços mínimos são mantidos, garantindo aos produtores preços ajustados aos custos variáveis das culturas. É relevante ressaltar que o crescimento da produtividade nas principais culturas gerou redução no custo médio, o que permitiu melhor sintonia dos preços mínimos com os recebidos pelos produtores, garantindo a manutenção da renda agrícola. Nesta safra, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prossegue com a política de garantia de preços aos produtores extrativistas de açaí, babaçu, borracha natural, castanha-do-Brasil, pequi, piaçava e pó cerífero de carnaúba, viabilizando, com isso, uma melhoria na renda desses produtores e um desenvolvimento sustentável nas regiões envolvidas.
Preços Mínimos para a safra/2011
Produto R$ Produto R$
Juta/Malva embonecada 1,20 kg Guaraná 8,92 kg
Juta/Malva prensada 1,41 kg Castanha-do-Brasil/casca 52,49 hl
Piaçava 1,07 kg Borracha/Cernambi 3,50 kg
Açaí (Fruto) 0,61 kg Raiz de Mandioca 115,35 t
Milho 20,10 (60 kg) Feijão 80,00 (60 kg)
Farinha Mandioca 28,67 (50 kg) Castanha de caju 1,20 kg
Arroz Fino 28,23 (60 kg) Arroz Longo 21,66 (60 kg)

*Thomaz A P Silva Meirelles – administrador, funcionário público federal, especialista na gestão da informação do agronegócio e escreve semanalmente neste endereço. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com



Nenhum comentário: