Vacinação contra o virus H1N1
pode ser prorrogada
Brasilia - Assustado com a baixa adesão ao programa de vacinação, o governo estuda prorrogar a campanha contra gripe A (H1N1). Números reunidos até segunda-feira mostram que 20,4 milhões de pessoas foram vacinadas contra a doença, o que representa apenas 34,8% do público alvo. Um desempenho abaixo do esperado, mesmo depois do Dia D, esforço feito sábado (10) para tentar ampliar o comparecimento aos postos.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ontem estar preocupado com a adesão de gestantes, doentes crônicos e população entre 20 e 29 anos. Foram vacinadas até agora 48,7% das grávidas, 44,2% dos doentes crônicos e 20,2% dos adultos jovens (entre 20 e 29 anos). "É preciso que as pessoas compareçam. A vacina é eficaz, é segura", afirmou mais uma vez o ministro. Entre profissionais de saúde, a meta de vacinação já foi atingida. O grupo entre crianças maiores de seis meses e menores de dois anos também apresenta um bom indicador, 75,3%, bem próximo da meta que é 80%.
Diante do baixo comparecimento aos postos de parte dos grupos de risco, semana passada o ministro enviou um apelo aos presidentes de entidades médicas, para que eles reforcem com associados a necessidade de esclarecer pacientes sobre a importância da vacina. A ideia é tentar evitar ao máximo a prorrogação da campanha. Mas, caso os indicadores estejam bem abaixo do planejado, esse recurso poderá ser adotado.
O Ministério da Saúde adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra gripe. A meta é imunizar pelo menos 80% do público alvo. A campanha vai até o dia 23 para gestantes, doentes crônicos, crianças entre seis meses e menores de dois anos e para população de 20 a 29 anos. Depois será a vez dos idosos e, por fim, da população entre 30 e 39 anos. Pelo calendário inicial, o último dia da campanha será 21 de maio. Em razão do feriado de Páscoa, o cronograma já foi prorrogado uma vez, para grupos de gestantes, crianças e portadores de doenças crônicas.
Até 3 de abril, foram registrados 361 casos de pessoas com doença respiratória grave em todo o país. No período, foram contabilizadas 50 mortes, a maior parte no Pará: 25. Apesar do alto índice de casos da doença e das altas taxas de mortalidade, apenas 33,1% da população alvo do Estado foi vacinada. As melhores coberturas foram registradas até agora no Paraná, Maranhão, Goiás, Distrito Federal , Minas e Santa Catarina.
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