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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Agronegócios
SALLY SZAJNFERBER

                                   *Thomaz Meirelles

Em 03 de julho de 1979, trinta e um anos atrás, o Diretor Presidente da CIBRAZEM (Companhia Brasileira de Armazenamento), Salli Szajnferber, assinava o OF. DIPRE 173, endereçado ao então deputado federal, Ubaldino Meirelles, contendo a seguinte redação: “Informamos a Vossa Excelência que o Senhor Ministro aprovou o Plano Trienal de Obras da CIBRAZEM, condicionado a liberação de recursos, onde figura a construção do armazém frigorífico de Manaus. Estando, também, em estudos a construção do Terminal Pesqueiro nessa cidade e a cobertura do Estado com uma rede de armazéns metálicos”. De fato, o Amazonas ganhou uma rede de treze armazéns, dotados de secadores de cereais, instalados em vários municípios, entre eles, Parintins, Itacoatiara, Manicoré, Humaitá, Lábrea, Careiro, Apuí, Coari, Tefé, Manaus, entre outros. Infelizmente, o estado não soube aproveitar a totalidade da estrutura disponibilizada pelo Dr. Salli e sua equipe, que contava com a participação do competente e amigo Raul Lourenço. Registro, ainda, a sua efetiva participação na construção do Centro Previdenciário do Amazonas. Faço este registro para agradecer ao Dr. Salli Szajnferber por essas significativas ações em prol do desenvolvimento do Amazonas e, ao mesmo tempo, lamentar a perda desse grande brasileiro que nos deixou no último dia 09 de março. O nosso muito obrigado, e a certeza, aos seus familiares, de que ele deixou boas sementes no extremo norte do País, o Amazonas.
Pará apóia produção de cacau
No final de março, o estado do Pará inaugurou, em Altamira, o Centro de Referência de Orgânicos. O espaço conta com duas câmaras frias com capacidade para estocar 20 toneladas de polpa de fruta e contêineres para receber amêndoas do cacau. Além de laboratório para classificação dos produtos, o Centro também terá espaço para comercialização de produtos beneficiados, entre eles o chocolate. A ação envolve a Funcacau, Ceplac, Senar, entre outras instituições. O Amazonas bem que poderia conhecer a iniciativa paraense, afinal de contas temos um grande potencial na produção de cacau e o Brasil é um grande importador desse produto. Não tenho dúvidas de que uma maior atenção à cadeia produtiva do cacau poderia gerar emprego e renda em diversos municípios amazonenses.
COOMAPEM e OCB/SESCOOP
No dia 30 de março, em Manacapuru, aconteceu o II Seminário do Cooperativismo de Manacapuru. O evento contou com palestras da Suframa, Afeam, Banco do Brasil, Faea/Senar, Coomapem e da secretaria municipal de produção. Contando com financiamento da Afeam, a Coomapem passa a contar com embarcações para escoar a produção de frutas e fibras. Posso afirmar que é visível o crescimento do associativismo e cooperativismo em nosso estado com bons exemplos a serem citados. Contudo, também posso afirmar a urgente e indispensável necessidade de intensificar o processo de capacitação na gestão desses grupos formais. Também é urgente a necessidade de esclarecer quais os corretos procedimentos tributários que envolvem as operações de venda de produtos regionais. Se não tomarmos tais providências, a inadimplência será muito grande inviabilizando o crescimento da produção agropecuária.
Usina e indústria
Contando com total apoio do governo estadual, a cadeia produtiva da borracha vem recebendo incentivos interessantes. O CNS recebeu um milhão para investir em diversas áreas do setor e, em breve, a empresa acreana Andrade e Ribeiro Indústria do Látex-Borracha da Floresta (Usina de beneficiamento de borracha natural) estará sendo inaugurada no município de Iranduba. No início do próximo ano, será a vez da Neotec Indústria e Comércio de Pneus, pertencente ao Grupo Levorin Pneus, entrar em operação com a fábrica que está sendo instalada no quilômetro 23 da Rodovia AM-010. A Afeam, mais uma vez, está financiando todas essas ações. Hoje, o seringueiro tem duas opções de venda da borracha, ou seja, temos usinas em Manicoré ou Iranduba. A expectativa é que tais usinas possam negociar a produção com a indústria Neotec/Levorin que pretende fabricar pneus para bicicletas e motos. A implementação da subvenção federal ao extrativismo, que contempla a borracha, é mais um fortíssimo aliado na construção do resgate da produção local.
Manaus recebe milho
Iniciou, na última semana, o recebimento de milho em grão do estoque público. São duas mil toneladas que estão sendo estocadas no armazém da Conab e tem como objetivo a comercialização, por meio do Programa de Vendas em Balcão, a pequenos e médios criadores rurais do Amazonas para uso exclusivo na ração, sendo proibida a revenda. O preço de venda deve ficar em R$ 0,37 kg, contudo, ainda aguarda definição. Este programa existe desde 2001, está em crescimento, mas precisa ser ampliado ao interior do estado. Mas, para isso, o interesse e a parceria com as prefeituras são de fundamental importância.

*Thomaz A P Silva Meirelles – administrador, funcionário público federal, especialista na gestão da informação do agronegócio e escreve semanalmente neste endereço. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com









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