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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

DEBATE SEM EMBATE

                                                                   *Osny Araújo

Ontem a noite a Band Amazonas, reuniu os seis candidatos ao Governo do Estado para o primeiro debate na telinha e ao que parece, ficou abaixo da expectativa. No debate, certamente faltou embate.
Os candidatos, especialmente dos chamados partidos “nanicos”, preferiram partir para criticas, esquecendo de mostrar propostas e de como pretendem governar o Amazonas.
Os principais concorrentes, Omar Aziz e Alfredo Nascimento, quase falaram a mesma língua em defesa da continuidade. O primeiro, defendendo a sua reeleição e o segundo a eleição de Dilma Rousseff para a presidência da Republica e evitando criticas ao ex-governador Eduardo Braga, também aliado de Lula.
Até que o nível foi bom, ficando algumas farpas por conta de Alfredo Nascimento que fez elogios ao ex-governador Eduardo Braga e muitas críticas ao seu sucessor Omar Aziz, que não estaria dando continuidade às ações de Governo desenvolvidas por Braga com o apoio do Governo Federal.
Omar retrucou com algumas críticas a Nascimento, quer como ex-ministro dos Transportes ou mesmo como senador da República, reclamando dos poucos recursos liberados para o Estado e cobrou emenda parlamentar para o interior, que segundo ele, foi esquecido pelo ex-ministro.
Em função da formatação do debate, o programa não chegou a ser polarizado entre os dois candidatos que comandam as pesquisas, Nascimento e Omar, considerando que todos tiveram tratamento e oportunidades iguais dentro do programa mediado pelo jornalista Sérgio Gabriel, da Band-SP.
O que a população queria ouvir, pouco ouviu que eram as propostas para governar o Estado. A turma dos partidos nanicos, dois velhos conhecidos do Amazonas, Luiz Navarro (PCB) e Herbert Amazonas (PSTU), como sempre não contribuíram em nada e mais uma vez compareceram ao debate por comparecer e para criticar os Governos, tanto estadual como federal e esqueceram das suas propostas. O mesmo caminho foi percorrido pelo candidato do Psol, o novato Luiz Carlos Sena.
Tirando Nascimento e Omar, a melhor performance foi apresentada pelo vereador Hissa Abrahão, (PPS) que demonstrou uma certa desenvoltura e chegou a apresentar algumas propostas e por isso, poderá até ser considerada uma terceira via interessante, mas sem chance de êxito nas eleições.
Na verdade, o que o candidato está fazendo e com inteligência é a sua campanha para uma segura reeleição na Câmara Municipal de Manaus, com a popularização do seu nome na presente campanha para o Governo do Estado.
Fora isso, o debate foi salutar para demonstrar como é bom se praticar a democracia e o programa político, serviu basicamente para isso e também, para dar a verdadeira largada na campanha eleitoral deste ano, seguido dos programas políticos que deverão iniciar no próximo dia 17. Com isso, a campanha deverá ganhar novos rumos e as pesquisas novos números, mas sempre com a polarização entre Aziz e Nascimento. Disso ninguém duvida.
Os candidatos dos pequenos partidos, que esqueceram as propostas e repetiram o que disseram nos debates passados, especialmente Navarro e Amazonas, que mantiveram literalmente os discursos de quatro anos atrás. Voltaram as suas metralhadoras para o velho chavão de grupo que está a 30 anos no poder e de criticas ao atual, envolvendo o presidente Lula, considerando que o atual Governo, é aliado de Lula e ainda criticaram os dois principais candidatos são com as mesmas propostas dos que está há muito tempo no Poder. A discussão não é o passado e sim o futuro do Amazonas.
Na verdade, Aziz, que concorre a reeleição e Nascimento, que é senador e foi por duas vezes ministro dos Transportes, foram os grandes alvos das críticas dos pequenos, mas no final, entendo que venceu a democracia e o debate serviu para que os candidatos mostrassem as caras à sociedade.
No final deste artigo, que fazer um desagravo aos jornalistas amazonenses que atuam na Banda Amazonas, pela discriminação que sofreram da Rede.
Conheço os colegas da emissora e da competência e cada um profissional e ainda assim, foram substituídos pelos “astros” da Band Nacional, como Fernando Mitre, Boechat e Joelmir Beting.
Nada contra esses excelentes profissionais do jornalismo, mas, bem que os amazonenses, poderiam ter formulado as perguntas, até porque, estão bem mais próximos da nossa realidade. Fica aqui o meu desagravo aos colegas jornalistas da Band Amazonas pela discriminação sofrida no programa político.

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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