Caso Eliza
Justiça decreta prisão
preventiva de Bruno e mais oito
preventiva de Bruno e mais oito
B. Horizonte - O promotor Gustavo Fantini disse, nesta quinta-feira (5), que a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues expediu o mandado de prisão preventiva para o goleiro Bruno e oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Ele afirmou que todos foram denunciados. A assessoria de imprensa do TJMG não confirma que os mandados de prisão tenham sido expedidos.
Entre os nove denunciados, Fernanda Gomes de Castro é a única que está em liberdade. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que recebeu o mandado de prisão contra ela nesta quarta-feira (4). O delegado Wagner Pinto disse que não sabe informar se Fernanda está em Minas ou no Rio de Janeiro, onde mora. Ele considera Fernanda como foragida da Justiça e pediu ajuda à polícia do Rio de Janeiro para prendê-la.
Cronologia do caso Eliza Samudio
Termina nesta quinta prazo de prisão temporária de suspeitos de caso Eliza Promotor denuncia indiciados no inquérito do caso Eliza Samudio
Polícia diz que inquérito do caso Eliza foi concluído Bruno usou intervalo da Copa para matar Eliza, diz delegado Segundo o promotor, todos eles vão responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor, exceto Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que responderá por dois crimes. "Foram expedidos todos os mandados de prisão preventiva. Todos ficarão presos até que sejam revogadas as preventivas", disse Fantini.
De acordo com o promotor, Bola foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Fantini não aceitou o indiciamento por formação de quadrilha. "Não havia prova de estabilidade, ou seja, se eles se reuniam com rotina para poder premeditar um crime", disse ele.
Bruno, Macarrão, Bola, Elenilson, Wemerson e Flavio estão presos no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG). O primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales, está no Centro de Remanejamento de Presos São Cristóvão; e a mulher de Bruno, Dayanne Souza, está no Complexo Penitenciário Estevão Pinto, ambos em Belo Horizonte. O adolescente que também é suspeito de envolvimento no caso está no Centro de Internação Provisória no Horto, na capital mineira.
Materialidade indireta
"Corpo de Eliza Samúdio não foi encontrado, mas todas as outras provas que são contundentes suprimem o relatório de necropsidade", disse Fantini.
Ele afirmou que se baseou nas provas criminais, que são incontestáveis, como o sangue encontrado na Range Rover que seria de Eliza, e os extratos de ligações telefônicas entre os envolvidos, sem citar nomes. O promotor disse que não pode dar mais detalhes pelo fato de o caso correr em segredo de Justiça.
"Bruno é o mandante e executor do crime", disse o promotor, explicando que por "executor" entende-se que ele participou de todos os passos na condução de Eliza do Rio de Janeiro para Belo Horizonte em companhia de Fernanda.
Fantini afirmou que os indiciados serão citados em um prazo de dez dias. Em seguida haverá uma fase de instrução criminal realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais, na qual os advogados dos envolvidos vão poder defender os clientes. Juíza vai decidir se aceita e denúncia e como será feito o julgamento.
Sobre a questão de o crime ter ocorrido em Contagem ou Vespasiano, ele diz que isso não prejudica o processo. "Independentemente da comarca, crime é plurilocal, porque começou a acontecer no Rio, com a busca de Eliza, passou por Esmeraldas (MG), depois Eliza teria sido morta em Vespasiano (MG)", disse o promotor. Foto arquivo.(Portal G-1)
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