INTERROGATÓRIOS FICAM PRA MAIO
Manaus - Pela terceira vez, os depoimentos das testemunhas de acusação do processo que apura o envolvimento do vice-prefeito Carlos Souza e vereador Fausto Souza no crime de associação para o tráfico foram adiados. Desta vez, o juiz titular da 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute), Mauro Antony, remarcou os interrogatórios para os dias 11 e 12 de maio.
Manaus - Pela terceira vez, os depoimentos das testemunhas de acusação do processo que apura o envolvimento do vice-prefeito Carlos Souza e vereador Fausto Souza no crime de associação para o tráfico foram adiados. Desta vez, o juiz titular da 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute), Mauro Antony, remarcou os interrogatórios para os dias 11 e 12 de maio.
De acordo com Mauro Antony, o depoimento do delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Divanilson Cavalcanti, foi adiado porque o advogado de defesa de um dos acusados, o policial militar Aldiley de Melo Ambrósio, não foi intimado por conta de um problema na central de mandados que, segundo o juiz, está sobrecarregada com o cumprimento de alvarás.
O juiz disse que, caso as oitivas fossem realizadas sem a presença dos advogados, isso serviria de argumento para a defesa dos acusados impedirem o andamento do processo. “Para evitar qualquer problema, resolvemos adiar para maio. Isso fará com que todas as intimações sejam cumpridas”, acrescentou o magistrado, ao afirmar que ainda não tem data marcada para as oitivas de defesas.
Com isso, os depoimentos previstos para hoje também não serão realizados. Hoje seriam ouvidos os acusados de tráfico José Raimundo dos Santos da Silva, Edmundo dos Santos Moreno e a ex-repórter do extinto ‘Canal Livre’, Gisele Vaz. Esta semana foram adiados, ainda, os interrogatórios do preso pelo crime de tráfico de drogas, Robson Acho Aricari, e do secretário de Inteligência, Thomaz Vasconcelos.
Estratégia
Para Carlos Henrique de Souza, advogado de defesa da ex-produtora do Canal Livre, Vanessa Lima, e do tenente-coronel da PM, Felipe Arce Rio Branco, — ambos acusados pelo crime de associação ao tráfico — a sequência de depoimentos adiados foi uma estratégia do juiz e do Ministério Público Estadual (MPE/AM) para produzir mais provas contra os acusados e pedir a prisão preventiva de todos eles.
O promotor de Justiça, Alberto Rodrigues, rebateu as afirmações e disse que os adiamentos foram realizados para manter a seguridade do andamento do processo. “Temos de ter toda cautela para que, ao final do processo, não sejamos surpreendidos com alguma nulidade. Toda investigação pode ser prejudicada por uma falha judicial. Concordamos com a decisão do juiz em adiar os depoimentos”, completou.
Não houve irregularidades’
Ao saber do Habeas Corpus de trancamento impetrado pelos advogados de defesa dos ‘Irmãos Souza’ e de todos os acusados no crime de associação ao tráfico, o delegado Divanilson Cavalcanti afirmou que a força-tarefa não cometeu irregularidades na apuração dos depoimentos prestados pelo ex-PM, Moacir Jorge Pessoa da Costa, o ‘Moa’. Na ação, a defesa alegou que a assinatura de ‘Moa’ foi falsificada em um dos depoimentos que prestou à força-tarefa.
Além disso, a defesa afirmou que o ex-PM foi coagido no depoimento prestado sobre a morte do traficante Cleomir Pereira Bernardino, o ‘Caçula’, em juízo para a titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Mirza Telma.
Divanilson Cavalcanti afirmou que em todos os depoimentos prestados havia a presença de membros do MPE e, inclusive, da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por se tratar de um caso envolvendo o ex-deputado Wallace Souza, na época parlamentar da Casa.
O promotor Alberto Nascimento acrescentou que a medida se trata de um “complô” contra os profissionais incluídos na força-tarefa que apura as denúncias feitas pelo ‘Moa’. “É uma estratégia da defesa, mas isso não procede. Todos os membros estavam lá e, se o documento tivesse sido falsificado, as assinaturas de todos que estavam também poderiam ter sido”, completou.
O julgamento do Habeas Corpus de trancamento da ação está nas mãos do desembargador Rafael Romano. Os advogados de defesa dos acusados disseram que o desembargador deve decidir se aceita ou não o HC nos próximos 20 dias. (Emtempo)
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