Nova reserva de potássio no Amazonas

mais de R$ 1 bilhão de toneladas

Manaus - A descoberta   de reservas com aproximadamente 1 bilhão de toneladas de potássio no interior do Amazonas foi anunciada nesta quarta-feira (8), pela empresa Potássio do Brasil. O mineral, avaliado em cerca de US$ 1 trilhão, deve atrair para o Estado investimentos e fomentar a criação de um polo de fertilizantes para a agricultura brasileira. O projeto para extração deve começar em 2012 e está orçado em US$ 2,5 bilhões.

Os trabalhos de pesquisa nos municípios de Altazes e Itapiranga, onde foram feitas as descobertas, começaram ainda em 2007. Este ano, duas sondas foram mobilizadas para iniciar os trabalhos. O potássio foi encontrado mais próximo a superfície, o que deve trazer viabilidade econômica maior do que as encontradas nas jazidas de Fazendinha e Arari, por representar menor custo. Segundo o diretor executivo da Potássio do Brasil, Hélio Diniz, a reserva está a cerca de 840 metros de profundidade, 240 metros acima que das outras jazidas.

O desenvolvimento do empreendimento deve gerar produção anual de 2 milhões de toneladas de Cloreto de Potássio (KCl). O material é o produto final utilizado na indústria de fertilizantes. Segundo o secretário executivo de geodiversidade no Amazonas da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS), Daniel Nava, a descoberta deve atrair empresas de fertilizante para o Estado e aumentar a produção para atender a indústria agrícola brasileira. Ele explicou que o pólo de gás, juntamente com as reservas de nitrogênio, disponibilizam dois dos principais ingredientes para os fertilizantes. “A descoberta mostra um futuro promissor”, comentou.

A empresa diz seguir recomendações do Ministério da Agricultura para garantir preços inferiores ao do mercado internacional para a venda dos fertilizantes. Para isso, estão sendo estabelecidos acordos comerciais com dois dos maiores grupos de Cooperativas agrícolas, a CCAB e a CONAGRO, que devem reduzir os custos de produção agrícola dos cooperados e consorciados dos grupos. A produção deve corresponder a um quarto da demanda nacional pelo produto. Hoje, o país importa a maior parte do fertilizante que consome. Atualmente o Brasil ocupa a sétima colocação no ranking mundial em termos de reservas de potássio. A lista é liderada pelo Canadá, com 62,6% das reservas, e Rússia, com 12,5%.

Meio ambiente

Segundo a Potássio do Brasil, após o termino dos estudos em cada área sondada, serão efetuados trabalhos de recuperação progressiva e completa das áreas utilizadas. As jazidas ficam na região do encontro entre os rios Madeira e Amazonas, nos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte. O teor de potássio da descoberta é de 40%, sendo o restante de sal de cozinha que será devolvido à mina.

Como as licenças ambientais e acordos de acesso com superficiários já foram obtidos, uma terceira sonda está sendo deslocada para o projeto, com previsão de chegada para o início do mês de outubro. Outros 20 furos devem ser feitos antes do desenvolvimento da mina com a intenção de descobrir novas reservas. Nas fotos do Portal Férias, pela ordem, Autazes e Itapiranga - Portal Amazonia.