Exposição em alto estilo

CLAUDIA JATAHY MOSTRA AMAZÔNIA

EM FOTOS EM NEW YORK

N.York - Mostrar ao público norteamericano a essência do universo amazônico a partir do olhar de quem vive na região, mas com uma leitura urbana e contemporânea, é a proposta da fotógrafa amazonense Ana Claudia Jatahy com a exposição ‘Exotic Amazon’, que está sendo apresentada na Brazilian Endowment for the Arts (BEA), em Nova York, de 8 de setembro a 8 de outubro de 2010.

“São fotos de cenas cotidianas da Amazônia capturadas na sua forma mais pura, paisagens típicas, o caboclo no seu habitat, detalhes da fauna e da flora, isto é, de imagens repletas de cores, que muitas vezes deixamos de perceber, mesmo quando estamos próximos desse ambiente”, diz Jatahy, que permanece em Nova York até o final da exposição. De lá, ela envia fotos e notícias por e-mail, e conta que a receptividade do público tem sido muito boa e que já comercializou 30% das fotos, e que tem despertado o interesse da imprensa especializada.

Um dos elementos marcantes desse trabalho é o que Jathay chama de ‘biodiversidade de cores’, e que procura enfatizar utilizando técnicas variadas, com filtro polarizador, pontilismo e dissolução de tintas, “como forma de ressaltar a interferência do olhar urbano sobre a natureza”, explica.

Sob a curadoria do artista plástico amazonense Arnaldo Garcez, a exposição ‘Exotic Amazon’ é composta por 30 fotografias no tamanho de 50cm x 70 cm, impressas em papel fotográfico laminado, tiradas em Manaus, e nos municípios de Itacoatiara, na calha do rio Solimões, Uatumã e algumas localidades do Alto Rio Negro.

“Mais do que curador propriamente dito, Garcez foi quem abriu caminho para que esta exposição acontecesse. Além de buscar espaços para apresentar o seu trabalho por aqui ele tem contribuído para que outros artistas amazonenses também tenham essa oportunidade”, afirma Jathay.

TRAJETÓRIA

Repórter fotográfica, Ana Claudia Jatahy é amazonense de Manaus, formada na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 1990. Atua como profissional da área desde 1987. Tem atuado como free lancer para diversos veículos, como: Revista Manchete, Jornal Daily Post, Rede Globo, Greenpeace, WWF e WWF Brasil, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, revista Veja, Isto é e Época, e trabalhou nos Jornais, Correio Brasiliense, O Povo, Amazonas em Tempo, Jornal do Norte (editora de fotografia), Correio Amazonense, e Jornal A Crítica. Atualmente mantém um estúdio próprio e presta serviços em assessoria de imprensa, projetos e eventos.

A artista do clic Ana descreve o seu trabalho a partir do próprio conceito da palavra ‘fotografia’, que vem do grego (foto: luz / grafia: estilo, pincel) e significa ‘desenhar com luz’, e define: “Na sua essência, a fotografia é a técnica de criar imagens por meio de uma exposição de luz, que pode ser a luz ambiente ou aquela criada com a ajuda de equipamentos que oferecem perfeitas condições de desenhar belas imagens. “Fotografar é a minha vida, minha luz, meu amor”.

ESPAÇO CULTURAL 

A Brazilian Endowment for the Arts (BEA) é um centro cultural localizado no coração de Manhattan, na cidade de Nova York, com objetivo de promover e cultivar o uso da língua, cultura, artes e letras brasileiras nos Estados Unidos.

A BEA é uma organização sem fins lucrativos e cumpre sua função por meio da promoção de conferências, palestras, congressos, exposições de arte, aulas de português, recitais de música, mostra de filmes, lançamentos de livros e eventos literários.

Inaugurada em 4 de dezembro de 2006 pela União Brasileira dos Escritores de New York (Ubeny), a BEA também sedia a Biblioteca Machado de Assis, primeira e única biblioteca brasileira em Nova York, que possui atualmente acervo de mais de 3 mil títulos. Os livros são frutos de doações da Biblioteca Nacional, Academia Brasileira de Letras, instituições privadas e colaborações individuais.

A Ubeny foi fundada por Domício Coutinho em 1999 e conta atualmente com 35 escritores associados, entre eles Gregory Rabassa, Beti Rozen, Guilherme Parreiras, Antônio Massa, Dária Farion, Jordan Young e Clifford Landers.

A BEA já recebeu a visita de acadêmicos como Nelson Pereira dos Santos, Nelida Piñon, José Sarney, Ana Maria Machado e Marcos Vilaça, além do cartunista Maurício de Souza e diversos outros escritores. Em outubro de 2009, a BEA realizou o 1º Encontro de Escritoras Brasileira em Nova York e uma homenagem ao centenário de Machado de Assis. Agora, prepara para segundo semestre de 2010 o 1º Congresso sobre Joaquim Nabuco.

Entre os programas da BEA destacam-se a "Quarta Literária" - evento mensal que apresenta e debate um autor brasileiro a cada sessão e as exibições semanais de filmes brasileiros.
 A BEA já organizou também quatro festas de São João (2007, 2008, 2009 e 2010) e uma festa de Carnaval (2010), para preservar e difundir a cultura brasileira. A BEA funciona ainda como uma galeria de arte aberta para exposições.

Outras informações: http://www.brazilianendowment.org/