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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ministra classifica em nota  acusação de
lobby feita por revista com fins eleitoreiros

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São Paulo - Em nota divulgada neste sábado (11), a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, (na foto com o presidente Lula) rebateu as acusações publicadas pela revista "Veja" na edição deste final de semana.
Segundo a reportagem, Erenice teria atuado para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade de seu filho Israel Guerra e montado no Palácio do Planalto uma central de lobby, cobrando de empresários interessados em fazer negócios com o governo propina de 6%. Na nota, Erenice nega todas as acusações e classifica a matéria de “caluniosa” e de ter "fins eleitoreiros".
“Sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar medidas judiciais para a reparação necessária. E assim o farei”, diz a ministra. Ainda de acordo com o documento, Erenice coloca à disposição das autoridades seu sigilo fiscal, bancário e telefônico, bem como os de sua família.
No final, Erenice, que antes de assumir a Casa Civil era ex-secretária executiva da presidenciável Dilma Rousseff (PT), alega que a reportagem tem fins eleitoreiros.
“Lamento que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos”.
Confira a nota na íntegra:
Sobre a matéria caluniosa da revista VEJA, buscando atingir-me em minha honra, bem como envolver familiares meus, cumpre-me informar:
1) Procurados pelo repórter autor das aleivosias, fornecemos - tanto eu quanto os meus familiares - as respostas cabíveis a cada uma de suas interrogações. De nada adiantou nosso procedimento transparente e ético, já que tais esclarecimentos foram, levianamente, desconhecidos;
2) Sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar medidas judiciais para a reparação necessária. E assim o farei. Não permitirei que a revista VEJA, contumaz no enxovalho da honra alheia, o faça comigo sem que seja acionada tanto por DANOS MORAIS quanto para que me garanta o DIREITO DE RESPOSTA;
3) Como servidora pública sinto-me na obrigação, desde já, de colocar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, bem como o de TODOS os integrantes de minha família, à disposição das autoridades competentes para eventuais apurações que julgarem necessárias para o esclarecimento dos fatos;
4) Lamento, por fim, que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos.
Brasília, 11 de setembro de 2010.
Erenice Guerra
Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República



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