Manaus poderá ficar sem alcool
combustível e preço pode aumentar
Manaus - A seca no rio Madeira, onde as balsas que fazem o transporte de combustíveis estão navegando há semanas com a metade da carga, está provocando o desabastecimento de álcool em Manaus. A informação é do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes, Álcool e Gás Natural (Sindicam), Luiz Felipe Moura Pinto. “Vamos fazer a segunda reunião nesta quarta-feira (08/09), na sede da ANP (Agência Nacional de Petróleo), no Rio de Janeiro, para discutir uma solução”, informa.
O desabastecimento atinge tanto o álcool anidro, que é misturado à gasolina, quanto o álcool hidratado, utilizado diretamente como combustível dos carros.
A solução apresentada pelo Sindicam é diminuir a mistura de álcool na gasolina, dos atuais 25% para 20%, ou trazer o álcool de Belém (PA), pelo rio Amazonas, que é perene. “A solução de Belém parece a melhor, mas aumenta muito o custo e isso será repassado ao preço do combustível”, afirma.
O problema já afeta Boa Vista (RR), cujo abastecimento de álcool é feito a partir de Manaus, e Rio Branco (AC), que recebe da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) o óleo diesel e a gasolina A.
O posto Shell ao lado do Amazonas Shopping, na avenida Darcy Vargas, está sem álcool combustível. Até o posto do próprio presidente do Sindicam, que fica em frente à garagem da empresa de ônibus União Cascavel, na Cidade Nova, não tem esse combustível há alguns dias.
Solução
A possibilidade de desabastecimento de álcool em Manaus está sendo discutido desde o dia 1º de setembro, quando aconteceu a primeira reunião de representantes do Sindicam e a ANP, no Rio de Janeiro. “As balsas estão levando 16 dias para chegar a Porto Velho, uma viagem que, com o rio cheio, é feita em oito dias”, informa Luiz Felipe. “Balsas para 1 milhão de litros de combustível, por exemplo, só estão podendo levar 500 mil ou 400 mil por viagem”, explica.
O presidente do Sindicam avalia que o preço do litro de gasolina e do litro de álcool, atualmente na média de R$ 2,65, pode voltar a subir. O Governo do Estado fixa o valor médio, sobre o qual incidirá a cobrança do ICMS, cuja taxa é de 25%, nos dias 1º e 16 de cada mês.(CBN-Manaus)
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