Estiagem
Seis municípios decretam Emergência
Manaus- O Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec) divulgou nesta quinta-feira (9) que recebeu o decreto de Situação de Emergência de seis municípios do Amazonas. O motivo seria o período de estiagem, que isolou as cidades. A seca também deixa em alerta o IBGE Amazonas, que estima aumento no tempo de coleta do Censo 2010 nos municípios mais afetados.
A situação de Emergência foi decretada em Tabatinga, Benjamim Constant e Atalaia do Norte, na região do Alto Solimões, e Itamarati, Ipixuna e Guajará, na região do rio Juruá. Em Atalaia do Norte, a Prefeitura diz que há comunidades isoladas e, em Benjamin Constant, pelo menos 2 mil famílias já sofrem com o problema. No município, a seca teria produzido uma rachadura de cerca de um quilômetro na frente da cidade.
Além do isolamento fluvial, que dificulta a navegação dos moradores das comunidades, os municípios temem problemas com o abastecimento. Em algumas localidades já faltam combustíveis, alimentos e medicamentos. O prefeito de Itamarati, João Campelo disse que agricultores enfrentam prejuízos nas plantações de melancia, mandioca e frutas. Eles também estão preocupados com uma crise no setor de produção rural devido ao aumento dos preços.
Os decretos de Emergência recebidos pela Defesa Civil serão estudados pela Casa Civil. Caso os problemas sejam comprovados, medidas de assistência pós-desastre serão tomadas.
ALERTA
Prefeituras de outros municípios das calhas dos rios Purus, Juruá, Madeira e do Alto Solimões já produzem relatórios sobre a seca para dar entrada ao Estado de Emergência. Em Envira, o Estado de Emergência foi decretado pelo Diário Oficial do Município no último dia 27 de agosto. Já em Camutama, a Prefeitura diz aguardar relatório da Defesa Civil, mas afirma que a situação está se agravando. No município de Humaitá, a seca também estaria severa, com registros de lagos completamente secos.
IBGE
De acordo com o IBGE, a seca tem afetado o trabalho dos recenseadores em praticamente todos os municípios amazonenses. Com a forte estiagem, a utilização de barcos e voadeiras está comprometida. Segundo o coordenador de divulgação do Censo no Amazonas, Adjalma Nogueira, o trabalho feito em poucos dias agora demanda mais tempo. “Antes o recenseador encostava o barco e estava próximo às comunidades. Agora as distâncias aumentaram”, explicou.
Adjalma contou que apesar do aumento no tempo de coleta, em alguns casos de até 50%, o prazo até o dia 31 de outubro para encerramento do Censo deve ser cumprido. Alternativas de locomoção estão sendo utilizados pelos oficiais, que já utilizam canoas e rabetas nas áreas mais rasas de rio. O coordenador explicou ainda que o uso de helicópteros não foi necessário.
Ao todo, 2770 recenseadores trabalham no Censo 2010 no Amazonas. Em 35 dias de coleta, 1.915.000 pessoas, cerca de 56% da população, já responderem as perguntas do IBGE no Estado.
Emergência
São consideradas áreas sob o Estado de Emergência os locais em situação anormal, provocada por desastres. Os problemas devem causar danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido, no caso em questão os municípios.
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