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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

MENSALÃO DO DEM: ARRUDA DISCURSA E PEDE PERDÃO

Brasilia - Ao discursar durante uma cerimônia na tarde desta quinta-feira (6), o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), pediu “perdão por seus pecados” aos servidores que assistiam à posse de diretores da rede pública de ensino, na sede administrativa do governo, que fica em Taguatinga, cidade próxima a Brasília.
Arruda disse compreender a indignação popular com a força das imagens gravadas por seu ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. Nos vídeos, Arruda aparece recebendo um pacote de dinheiro durante a campanha 2006, quando ainda era candidato ao governo. A quantia seria fruto de um esquema de propina investigado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
“Perdoo, a cada dia, os que me insultam. Entendo as suas indignações pelas forças das imagens. E, sabem por que eu perdoei? Porque só assim eu posso também pedir perdão dos meus pecados", discursou Arruda.
Batizado de "Mensalão do DEM de Brasília", o esquema seria alimentado por verbas repassadas por empresas prestadoras de serviço do governo Arruda. Além do próprio governador, também o vice-governador, Paulo Octávio (DEM), deputados distritais da base aliada, empresários e integrantes do governo receberiam dinheiro do esquema.
Perdoo, a cada dia, os que me insultam. Entendo as suas indignações pelas forças das imagens. E, sabem por que eu perdoei? Porque só assim eu posso também pedir perdão dos meus pecados"
Arruda também admitiu ter cometido erros e voltou a dizer que os últimos 40 dias serviram para ele perdoar seus adversários. Arruda também disse ter atraído seus adversários por ingenuidade.
"Talvez, ingenuamente, permiti que esses interesses contrariados ficassem tão próximos de nós. Devo também ter cometidos erros, é claro. E todos os dias, eu tenho nesses 40 dias... Eu quero dizer a vocês, de coração mesmo, que eu já perdoei todos os que me agrediram", argumentou.
Arruda disse que está vivendo “momentos muito difíceis” e que não está alheio à crise política. “Eu não estou alheio à dor e à tristeza de cada um. Cada um com seu enfoque, cada um com a sua visão crítica, mas todos, enfim, tristes pelos acontecimentos”. (G-1).

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