segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
,AGRONEGÓCIOS: FUNDO DE AVAL- *Thomaz Meirelles
É o Funaval, - o Fundo de Aval para o Estímulo à Concessão de Microcrédito - um fundo de apoio a mais de 50 mil pequenos produtores rurais inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar (PRONAF). Lamentavelmente, esta boa notícia não vem do Amazonas, mas de Pernambuco. A partir de agora, os agricultores pernambucanos com dívidas junto ao Banco do Nordeste ou ao Banco do Brasil poderão renegociar suas pendências e contrair novos financiamentos. O objetivo é ampliar a produção no campo. A lei foi criada pelo governador Eduardo Campos e servirá de garantia para que os pequenos produtores possam tirar novos recursos para as safras de 2010 e 2011. Tudo isso graças a um investimento de cerca de R$ 3 milhões feito pelo Estado. A Lei foi sancionada durante a I Conferência Estadual dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Regional, que aconteceu no Centro de Convenções. “Na hora em que se começa a democratizar o crédito no Brasil, não é justo que por erros e equívocos aquelas pessoas que vivem no mundo real, que são os que mais precisam, sejam excluídos dos programas de financiamento. O crédito é a grande transformação que estamos vivendo no Nordeste Brasileiro”, disse o governador de Pernambuco.
Consumo de frango cresce
Para o consumidor brasileiro, o complexo agroindustrial de carnes é composto basicamente das carnes de bovinos, aves, suínos e ovinos. A cada ano, o consumo de carnes de aves e suínos vem deslocando a carne bovina, tradicionalmente a preferida. Enquanto o consumo de carne de boi tem apresentado certa estabilidade, o consumo de frango tem crescido a taxas crescentes. Em 1970, cada brasileiro consumiu 2,3 quilos de carne de frango, 12,1 quilos de carne bovina e 8,1 quilos de carne suína. O consumo de carne de frango era cinco vezes menor que o consumo de carne bovina. Em 2004, cada brasileiro consumiu, em média, 18,5 quilos per capta. Esse consumo promove a criação de aves a um patamar estratégico no mercado brasileiro. Para o futuro, as perspectivas são de incremento da produção, tanto para atender ao crescimento do consumo interno como das exportações.
Milho com o dobro de proteína
É o resultado da cultivar BR 2121, criada pelos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo. A vantagem da semente, é que contendo aminoácidos essenciais à alimentação humana, com teor 50% superior aos encontrados em outras cultivares. O valor protéico desse milho corresponde a combinação de vegetais como lentilha com trigo ou feijão e arroz. O produtor pode contar com um híbrido duplo precoce, com potencial de produtividade elevado. O BR 2121 destina-se ao consumo humano e proporciona, na alimentação animal, uma economia de 31,8 % no consumo de farelo de soja usado na formulação de rações .Isto representa uma ração balanceada mais barata. Atualmente, do total de variedades de milho plantadas no Brasil, 75% são da Embrapa. No mercado de milhos híbridos a participação da Empresa é de 12%. Essas variedades são, em sua grande maioria, plantadas por pequenos produtores.
Resíduo da mandioca pode gerar renda
A prática de jogar fora os resíduos do beneficiamento da mandioca, a conhecida manipueira - um líquido de cor amarelada que sai da mandioca, após ela ser prensada, durante a fabricação da farinha – na natureza, provocando a poluição de solos e rios, demonstra falta de conhecimento do que pode ser feito com ela. A manipueira, se manejada corretamente pode trazer grandes benefícios à agricultura. Para o engenheiro agrônomo Albérico Paixão, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA – diz que se for utilizada de forma adequada pode, inclusive, gerar uma renda extra para os agricultores familiares. Na produção de farinha, para cada 1 mil kg de mandioca processada, são produzidos em torno de 300 litros de manipueira. Esse resídio pode ser aproveitado como bioinseticida, fungicida, acaricida, nematicida e, mesmo, como fertilizante natural, evitando a poluição do meio ambiente, com melhor aproveitamento do subproduto. Como inseticida e acaricida, por exemplo, o produtor deve utilizar a manipueira nos três primeiros dias, após sua saída da prensa. Depois desse prazo, o ácido cianídrico e demais cianetos exalam, perdendo o seu poder de inseticidas. Mas a manipueira também pode ser usada como alimento para animais ruminantes. Para essa finalidade, o produtor deve estar atento a alguns detalhes. Primeiro, é muito importante deixar o líquido em repouso, numa sombra, durante quatro ou cinco dias. A parte sólida do fundo do recipiente, não pode ser oferecida aos animais, assim como a espuma deve ser retirada. Após esse período, os venenos presentes na manipueira perdem seu efeito e não intoxicam o rebanho. Outra dica é acostumar os animais ao consumo da manipueira. Durante uma semana, o máximo que os animais podem ingerir, são cinco litros do líquido, por dia. Todas as informações aqui divulgadas estão disponíveis e foram extraídas do site do Nordeste Rural – Negócios do campo.
*Thomaz A P Silva Meirelles – administrador, funcionário público federal, especialista na gestão da informação do agronegócio. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com
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