VITÓRIA DA DEMOCRACIA
*Osny Araújo
Com a sábia decisão do ministro Carlos Ayres Brito, do Supremo Tribunal Federal – (STF), os humoristas brasileiros poderão continuar a trabalhar satirizando os políticos brasileiros, mesmo em época de propaganda eleitoral.
Com uma canetada inteligente e em respeito à própria Constituição brasileira, o magistrado, suspendeu parte da lei que engessava os nossos humoristas não permitindo fazer piadas com políticos, em atendimento a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) e agora, a expectativa se volta para a votação em plenário do STF, quando a matéria voltará a ser discutida e votada.
O que se espera, é que mais uma vez a democracia saia vitoriosa, mantendo viva a liberdade de expressão, como preconiza a nossa Constituição cidadã.
Não é novidade para ninguém, que pelo próprio comportamento dos políticos, que parecem viver fazendo piadas dos seus eleitores, quando não cumprem com as suas promessas de campanha, eles sempre foram vitimas de piadas e outros tipos de brincadeiras por parte da sociedade e também dos profissionais do riso, como humoristas e os palhaços, isso sem contar com os malhadores de Judas, que adoram malhar os políticos no rompimento da Aleluia para o mundo cristão, quando o traidor de Cristo, em forma de bonecos fica inteiramente nas mãos do povo, para uma espécie de vingança pela sua traição. Político, que parece é visto pela sociedade como uma espécie de Judas moderno.
O fato, é que eles sabem porque são os alvos preferidos dos malhadores de Judas e dos humoristas, logo não adianta reclamar e sim, trabalhar com seriedade para sair do foco dos fabricantes do riso.
A sabia decisão do ministro Ayres Brito, garante essa liberdade aos humoristas, jornalistas, radialistas etc, desde que não se caracterize em propaganda política eleitoral, em tempo de campanha, as brincadeiras com os políticos, através de piadas, trucagem ou paródias, dá ao brasileiro o direito de sorrir com esses personagens, que certamente muito fazem sofrer a população brasileira, a final, a Lei maior do País, preconiza a liberdade de expressão.
O que tentaram fazer com a essa absurda proibição, foi aleijar a democracia, engessando os profissionais do humor em produzir com a inspiração nos políticos, que peças engraçadas, provocadoras do riso, certamente um bem para a alma, continuassem a ser produzidas e apresentadas no radio, televisão, teatros e charges em jornais, revistas e na Internet.
É preciso que se entenda que as brincadeira e sátiras que os humoristas fazem com os políticos, as análises critica do comportamento desses cidadãos poderosos e que pouco ou nada fazem pela sociedade, emitido por jornalistas e radialistas, atores teatrais etc, fazem parte da democracia de um país livre como o Brasil.
Diz o relator em seu voto acompanhado pelos ministros pelos ministros Cármem Lucia, Ellen Gracie, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Peluso, “que nos editoriais é possível fazer críticas. O que não se pode é encampar, patrocinar, bancar determinada candidatura. Eleição é um período em que a liberdade de imprensa deve ser maior. No processo eleitoral, retirar da imprensa a capacidade crítica é uma demasia, é desnaturar a própria imprensa”.
Diz ainda que é um momento do eleitor escolher seus candidatos, logo é também o momento que ele mais precisa de plenitude de informação. Tenho certeza, que os políticos sérios, éticos, cumpridores dos seus deveres e compromissados com o bem comum, que buscam através de suas ações políticas no desempenho dos seus cargos construir dias melhores para que o Brasil se torne um país mais igualitário, desenvolvido e justo, estão longe das penas dos jornalistas e no caso específico, fora do foco dos humoristas, tão temido pelos maus políticos. Viva a democracia e a liberdade de expressão.
*Osny Araújo é jornalista e analista político,
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br
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