FARINHA E AÇUCAR A PREÇOS DE OURO
Manaus - Entre os itens inseridos na pesquisa, a farinha foi quem apresentou a maior variação, 18,6%A farinha e o açúcar foram os principais vilões do consumidor manauara no mês de fevereiro — responsáveis diretos pelo crescimento de 3,4% no custo da cesta básica em Manaus. De acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a capital amazonense mantém a quarta colocação no ranking de preço, dentre as 17 cidades inseridas na pesquisa nacional do órgão.
No mês passado, o preço dos 12 produtos que compõem a cesta básica foi R$ 223,6 em Manaus, valor bem superior aos R$ 216,5 registradas em janeiro deste ano. Entre os itens inseridos na pesquisa, a farinha foi quem apresentou a maior variação, 18,6%. Para a supervisora técnica do Dieese no Amazonas, Alessandra de Moura Cadamuro, este aumento têm se repetido nos últimos meses, e foi motivado principalmente pelo clima da região amazônica.
“Em 16 meses, a farinha de mandioca acumulou um aumento de 69,6% em Manaus. A única explicação plausível é influência da variação climática na produção. Na época das chuvas, as casas de farinha ficam embaixo d’água, e quando vem a seca fica impossível escoar a produção”, avaliou. Cadamuro lembrou que o impacto deste produto na cesta básica é muito grande, já que a farinha de mandioca é consumida com frequência pelos manauaras.
Outro produto que também sofreu uma variação significativa foi o açúcar, com 15,7% de aumento em fevereiro deste ano. Neste caso, a alta foi generalizada, e afetou 15 das 17 capitais estudadas. “Neste caso, o mercado é quem tem influenciado o aumento. Com o aumento das vendas para o mercado exterior, os produtores não conseguiram atender toda a demanda nacional. Isso fez com que o preço do produto sofresse reajuste em todo o país”, comentou.
Por outro lado, o leite foi o produto que apresentou a maior redução, com 2,9% de queda. O pão francês (-1,54%) e o café (-0,92%) completam a pequena lista dos produtos que ficaram mais baratos em fevereiro. Baseado nestes números, a pesquisa do Dieese também constatou que um trabalhador assalariado em Manaus comprometeu 47,7% do seu rendimento em alimentação. Em janeiro este comprometimento foi de 16,5%.(EmTempo)
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