De vez em quando a turma na Assembléia Legislativa do Estado faz coisas boas e que merece o aplauso da sociedade. Um desses raros fatos ocorreu recentemente quando os senhores deputados resolveram, sepultar na história do legislativo amazonense a famigerada figura da reeleição para a Mesa Diretora, prática que durou alguns anos, desde quando foi instituído, através de um jeitinho pelo então deputado federal Átila Lins, que dirigiu o Legislativo por dois mandatos consecutivos, até eleger-se para a Câmara alta do país.
Na lista dos presidentes reeleitos para o cargo na Assembléia Legislativa do Estado, além de Átila Lins, o seu criador está o também deputado federal Lupércio Ramos e finalmente o deputado Belarmino Lins, irmão do deputado Átila Lins, Belão como é conhecido nos meios políticos do Estado bateu todos os recordes como presidente reeleito do Legislativo.
Por três vezes consecutivas ele vem presidindo o Parlamento amazonense e certamente já estaria preparando um quarto mandato, caso venha a se reeleger deputado estadual no próximo ano. Apesar disso, ele irá para a história política do Amazonas como o único parlamentar que dirigiu por três vezes seguidas o legislativo estadual.
Felizmente isso é história do passado. Os deputados pensaram melhor e resolveram acabar com a reeleição para a Mesa Diretora e de quebra ainda diminuíram dois de seus membros.
A medida foi vista com bons olhos pela sociedade, considerando que com esse posicionamento dos nobres parlamentares, acaba-se de uma vez por todas com a mesmice e o continuísmo na Assembléia, dando vez e oportunidade para que haja um rodízio no comando da Casa, o que significa o surgimento de novas idéias e maneira de administrar. O fato é salutar para a democracia e para a vida política do Estado.
Naturalmente que o presidente Belão será candidato a reeleição. Resta saber se após tantos anos dirigindo a Casa, ele, um político bem articulado e cheio de jogo de cintura, o que torna mais fácil a sua permanência no Legislativo, ainda saberá atuar da tribuna, funcionando como um deputado qualquer, coisa que ele não pratica a quase seis anos, atuando quase que exclusivamente como gestor da Casa, fora, naturalmente, as suas atividades políticas, especialmente no interior do Estado, onde fica a maior parcela do seu fiel eleitorado.
Apesar de tudo, a Assembléia ainda corre o risco de voltar a ser dirigida por Belão, caso vença a eleição. É bom lembrar, que estaremos em outra legislatura e como tal, poderá sim, ser candidato e se vencer no voto entre os seus pares, continuar a dar as cartas pelo menos por mais dois anos. Que ninguém duvide dessa possibilidade.
Os Lins são “jogadores” que conseguem o escanteio, batem e correm para a área e terminam marcando o gol, coisa de quem tem muito jogo de cintura, ingrediente que não falta nessa família de políticos.
Na verdade, o que quero ressaltar neste artigo, é a grande mudança que esse ato dos deputados provoca na nossa história política, considerando que em todos os setores da vida, a renovação é uma necessidade e em política a coisa não é diferente.
É necessário mudar para que novas idéias aflorem, até pelo cansaço mental de quem passa muito tempo num cargo executivo, onde ao longo dos anos colocou em prática o seu projeto administrativo, mas isso, também com o tempo se esgota. Daí a necessidade de inovar para que o administrador não fique acomodado, engessando a administração, até pela falta de novas idéias para serem colocadas em prática.
Com o fim da reeleição, as disputas pela Mesa na Assembléia Legislativa será mais igualitária e naturalmente, mais democrática, uma vez, que de forma natural, o presidente candidato a reeleição, seja ele quem for, sempre se utiliza da importância do cargo para auferir vantagens na disputa e com isso, leva grande vantagem sobre seus adversários. Agora, essa história acabou. Ainda bem. Antes tarde do que nunca.
*Osny Araújo é jornalista e analista políticio.
e-mail: osnyaraujo@bol.com.br
Na lista dos presidentes reeleitos para o cargo na Assembléia Legislativa do Estado, além de Átila Lins, o seu criador está o também deputado federal Lupércio Ramos e finalmente o deputado Belarmino Lins, irmão do deputado Átila Lins, Belão como é conhecido nos meios políticos do Estado bateu todos os recordes como presidente reeleito do Legislativo.
Por três vezes consecutivas ele vem presidindo o Parlamento amazonense e certamente já estaria preparando um quarto mandato, caso venha a se reeleger deputado estadual no próximo ano. Apesar disso, ele irá para a história política do Amazonas como o único parlamentar que dirigiu por três vezes seguidas o legislativo estadual.
Felizmente isso é história do passado. Os deputados pensaram melhor e resolveram acabar com a reeleição para a Mesa Diretora e de quebra ainda diminuíram dois de seus membros.
A medida foi vista com bons olhos pela sociedade, considerando que com esse posicionamento dos nobres parlamentares, acaba-se de uma vez por todas com a mesmice e o continuísmo na Assembléia, dando vez e oportunidade para que haja um rodízio no comando da Casa, o que significa o surgimento de novas idéias e maneira de administrar. O fato é salutar para a democracia e para a vida política do Estado.
Naturalmente que o presidente Belão será candidato a reeleição. Resta saber se após tantos anos dirigindo a Casa, ele, um político bem articulado e cheio de jogo de cintura, o que torna mais fácil a sua permanência no Legislativo, ainda saberá atuar da tribuna, funcionando como um deputado qualquer, coisa que ele não pratica a quase seis anos, atuando quase que exclusivamente como gestor da Casa, fora, naturalmente, as suas atividades políticas, especialmente no interior do Estado, onde fica a maior parcela do seu fiel eleitorado.
Apesar de tudo, a Assembléia ainda corre o risco de voltar a ser dirigida por Belão, caso vença a eleição. É bom lembrar, que estaremos em outra legislatura e como tal, poderá sim, ser candidato e se vencer no voto entre os seus pares, continuar a dar as cartas pelo menos por mais dois anos. Que ninguém duvide dessa possibilidade.
Os Lins são “jogadores” que conseguem o escanteio, batem e correm para a área e terminam marcando o gol, coisa de quem tem muito jogo de cintura, ingrediente que não falta nessa família de políticos.
Na verdade, o que quero ressaltar neste artigo, é a grande mudança que esse ato dos deputados provoca na nossa história política, considerando que em todos os setores da vida, a renovação é uma necessidade e em política a coisa não é diferente.
É necessário mudar para que novas idéias aflorem, até pelo cansaço mental de quem passa muito tempo num cargo executivo, onde ao longo dos anos colocou em prática o seu projeto administrativo, mas isso, também com o tempo se esgota. Daí a necessidade de inovar para que o administrador não fique acomodado, engessando a administração, até pela falta de novas idéias para serem colocadas em prática.
Com o fim da reeleição, as disputas pela Mesa na Assembléia Legislativa será mais igualitária e naturalmente, mais democrática, uma vez, que de forma natural, o presidente candidato a reeleição, seja ele quem for, sempre se utiliza da importância do cargo para auferir vantagens na disputa e com isso, leva grande vantagem sobre seus adversários. Agora, essa história acabou. Ainda bem. Antes tarde do que nunca.
*Osny Araújo é jornalista e analista políticio.
e-mail: osnyaraujo@bol.com.br
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