Para justificar seu apelo, Moreira citou números de uma pesquisa recente feita pelo Ibope, que apontou o ‘sentimento’ dos brasileiros em relação ao movimento. A pesquisa revela, por exemplo, que 82% dos brasileiros são favoráveis à CPI, 72% apóiam o uso da força policial nas desocupações de terras, enquanto 38% consideram o movimento como principal responsável pelos conflitos no campo. O levantamento indicou também que 92% da população consideram a invasão de propriedades ilegal, e 64% são contra a invasão de terras.
“O que concluímos deste estudo é aquilo que nós já estamos cansados de repetir aqui desta tribuna: que o Brasil não apóia as invasões de terras”, frisou o deputado, ressaltando que, na opinião de 80% dos entrevistados, o MST prejudica profundamente a imagem do Brasil no exterior, o desenvolvimento político, social e econômico do País, os investimentos estrangeiros, o emprego e a economia brasileira como um todo.
REFORMA AGRÁRIAUm dado curioso da pesquisa é que, ao contrário do que dizem os defensores dos movimentos sociais, 60% da população afirma que o MST prejudica mais do que ajuda a reforma agrária. No ranking das instituições, o movimento aparece como o mais rejeitado, com um índice de 60%. E entre as principais atitudes a ele associadas estão as invasões (69%) e a violência (53%), enquanto sua simpatia e popularidade são quase nulas, 4% e 10%, respectivamente.
RECADA
Para o deputado Moreira Mendes, o recado dado pelos brasileiros por meio da pesquisa Ibope é muito claro: “O Brasil não concorda com o desrespeito às leis e não aceita invasões e violência (...) e nos diz que estamos no caminho certo ao instalar uma CPI para investigar o MST, que de longe deixou de ser um movimento de reivindicação justa em busca da terra e passou a ser um movimento de baderneiros, de invasão”. Ele lembrou que a postura do governo em relação ao movimento também foi medida. Trinta e seis por cento dos entrevistados consideram a posição do Governo Lula favorável ao MST, e outros 25% acham que o governo de modo geral favorece o movimento.
A pesquisa do Ibope foi realizada entre 12 e 16 de novembro último e entrevistou mais de 2.000 pessoas.Fonte: Assessoria
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