O ROMANTISMO DE UMA BUCÓLICA PRAÇA DE MANAUS
Texto: Osny Araújo - fotos Agecom
Manaus - Falar em praça vem logo a lembrança de romantismo, passeio de mãos dadas, paquera, namoro, papo com os velhos amigos, conquistas de novas amizades, recordações. Tudo isso são coisas que acontecem nas tradicionais praças, ainda mais, se a Praça for a Heliodoro Balbi, popularmente apelidada de Praça da Polícia, bem no centro de Manaus, um dos maias belos logradouros da capital amazonense.
A bem cuidada e bucólica praça, tem como pano de fundo, de um lado, o monumental e histórico Palacete Provincial, o antigo quartel Geral da Polícia Militar do Estado e num outro anglo, o tradicional Colégio Estadual Pedro II, o conhecido e famoso Colégio Estadual, formador de várias gerações amazonenses de profissionais os mais variados, intelectuais e homens públicos, referências históricas da cidade.
Com muito verde, bancos, coreto colonial, pontes, chafariz e muitas estátuas, a Praça Heliodoro Balbi, funciona como um mar de tranqüilidade no centro agitado da capital da Amazônia, irradiando, paz, beleza e romantismo.
De acordo com informações prestadas pela Manaustur, a Praça ganhou o apelido de Praça da Polícia, devido às apresentações constantes da Banda da Polícia Militar, embalando o sonho de várias gerações, principalmente dos estudantes do Colégio Pedro II, de escritores e poetas do antigo Teatro Algazar e dos freqüentadores do ex-cine Guarany, que infelizmente foi demolido na calada da noite, dando lugar a uma agência bancária e com a demolição do Guarany, foi também um pouco do romantismo da Praça e da história da cidade.
Foi ainda no bucolismo da Praça, que alguns intelectuais, em décadas passadas, num espetacular movimento cultural, se reunirão à sombra de um velho Mulateiro, árvore tradicional da Amazônia e fundaram o bem sucedido Clube da Madrugada, que rendeu bons frutos para a cultura amazonense. A sombra do frondoso e centenário mulateiro, ainda existente, abrigou durante muitos anos as reuniões dos intelectuais que integravam o Clube da Madrugada.
O mulateiro, é conhecido na Amazônia, como a árvore do regenuvecimento ou simplesmente árvore da juventude.
A Praça lembra muito dos tempos áureos da liberdade e do romantismo do início do século passado, que hoje, apesar dos anos, continua impoluta, contando a velha e ajudando a escrever a nova história da cidade, num novo século.
Antes, essa secular e monumental praça era chamada de Largo do Liceu, depois Largo do Palacete e posteriormente Largo 28 de Setembro, isso em homenagem a Lei do Ventre Livre, assinada nesse dia no ano de 1871, proporcionando a liberdade aos filhos dos escravos nascidos após a entrada em vigor da Lei.
O nome de Largo do Palacete, foi dado à Praça em função da sua localização em frente ao Palacete Presidencial, onde residia o presidente da Província do Amazonas.
Hoje, o prédio inteiramente restaurado pelo Governo do Estado, através a Secretaria da Cultura, funciona o Palacete Provincial, onde funciona um Museu de múltiplas faces e sem nenhuma dúvida, é um dos monumentos da famosa Praça de Manaus.
Mas a Praça ganhou ao longo da história, outras denominações, tais como: Praça da Constituição, Praça Gonçalves Ledo e Praça Roosevelt.
Sua localização no centro da capital amazonense está entre as ruas José Paranaguá, Avenida 7 de Setembro, Rua Dr. Moreira, ocupando uma área de 6.200 m².
Quando você tiver um tempo vago e desejar esquecer um pouco dos problemas do dia a dia, dê uma passeada pela Praça Heliodoro Balbi ou da Polícia, como queira, e passe momentos agradáveis e descontraídos, encontrando velhos e fazendo novos amigos, num local verdadeiramente tranqüilo e acolhedor, como só as praças possuem.
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