DEFINIÇÕES POLÍTICAS A CAMINHO
*Osny Araújo
Passadas as folias do carnaval e “carnaboi”, as atenções se voltam agora quase que inteiramente para a política, com uma ligeira pausa em junho para a Copa do Mundo, mas ainda assim, a política dominará o cenário, considerando as eleições gerais de outubro.
A partir de agora, começam pra valer as articulações políticas com vistas à preparação das convenções partidárias que definirão as candidaturas em todos os níveis, em todo o País.
A construção das alianças políticas, objetivando viabilizar acordos e candidaturas, é uma tarefa delicada e envolve direta e indiretamente toda a sociedade, considerando que serão eleitos além do presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, que sem nenhuma dúvida, é do interesse de todos os brasileiros, crianças, adolescentes, jovens, velhos, homens e mulheres, pobres e ricos, sejam eleitores ou não.
O fato, é que a repercussão na vida das pessoas é sentida de forma direta, oportunidade em que as promessas são renovadas e outras esquecidas. Os discursos ganham conotações mais fortes e tudo, em busca da conquista de votos.
A partir de agora, política será tema obrigatório em reuniões sociais, bares, conversa nas esquinas, onde as discussões ficarão mais acaloradas, até porque, como futebol, política em tempo de eleição vira paixão e às vezes beira ao fanatismo.
O nível nacional, a corrida pela presidência da República parece mais adiantada do que a sucessão estadual no Amazonas.
No último fim de semana, o PT, com as bênçãos do presidente Lula lançou a pré-candidatura da ministra Dilma Roussef. Alias, uma candidatura construída na marra pelo presidente Lula, que coloca essa eleição como uma das prioridades do seu Governo.
Outra candidatura pré-definida foi da senadora Marina Silva, ex-PT, agora defendendo as cores do Partido Verde. Essa será uma candidatura apenas para lançar o PV na disputa, mas ao ver, sem nenhuma chance na eleição que deverá ser polarizada entre o PT, com Dilma Roussef e o PSDB, que deverá oficializar em breve a candidatura do governador de São Paulo, José Serra.
Aqui pelo Amazonas a situação ainda não está clara, com os campos inteiramente indefinidos, mas as articulações já estão caminhando e dentre em breve deveremos ter novidades e algumas possíveis definições em torno da sucessão estadual.
Por enquanto, está mantida a pré-candidatura do ministro Alfredo Nascimento (PR), que conta com o apoio do presidente Lula e fala-se também na possível candidatura do vice-governador Omar Aziz (PMN), que teria o apoio do governador Eduardo Braga, que deverá concorrer a uma vaga no Senado, pelo PMDB.
É exatamente aí, que mora o problema. O presidente Lula, que apóia Nascimento ao governo do Estado deseja palanque único entre os seus aliados no Amazonas, o que levaria o governador Eduardo Braga a apoiar a candidatura de Nascimento, mas nada ainda está definido, com Braga, mantendo alguma expectativa em torno da possível candidatura de Aziz, com o seu apoio, o que certamente contraria o presidente Lula, de quem Braga se diz aliado desde o primeiro momento.
Há campanha este ano, deverá buscar chamar a atenção do eleitor, com discursos concretos e projetos, considerando que tanto os partidos como os políticos, mais do que nunca estão desacreditados perante a sociedade, em função dos muitos escândalos envolvendo partidos políticos, e políticos, como governadores, a exemplo de Arruda, de Brasília e parlamentares, envolvidos em corrupção e outros práticas desonestas.
A verdade, é que as eleições de outubro, servirão de certa forma para renovar e fortalecer a democracia brasileira, um bem que queremos cada vez mais fortalecidos e comandados por homens e mulheres responsáveis e compromissados com o bem comum, com transparência onde os interesses da sociedade e do Estado possam ser preservados.
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
e-mail: osnyaraujo@bol.com.br
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