Manaus – O nível do Rio Negro começou a baixar, registrando na manhã de hoje (3), 29,75 metros, uma diminuição de dois centímetros em relação a maior marca registrada nos últimos cem anos, de 29,77, que era mantida até ontem, segundo informou o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Para a técnica em hidrologia do CPRM, Alice Amorin, o primeiro sinal de diminuição do Rio Negro ainda é um fato a ser analisado com cautela, já que o nível do rio continua instável, podendo subir ou descer ainda mais nos próximos dias.
De acordo com Alice Amorim, há dois dias o nível do Rio Negro não apresentava nenhum registro de aumento, permanecendo em 29,77 metros. “A estabilidade temporária faz parte do processo de cheia e vazante. É algo extremamente variável, sendo considerado normal na análise de enchentes”, disse.A
Alice também esclareceu que ainda não se pode determinar quando o rio vai baixar definitivamente. De acordo com os parâmetros das cheias de anos anteriores, a estabilização dura em média de 5 a 15 dias, podendo subir ou descer nesse período.
O acompanhamento do rio que está sendo feito pelo CPRM poderá, dentro de uma semana, apontar as primeiras previsões de vazante em Manaus, uma vez que nos municípios de Careiro e Manacapuru o nível continua oscilando, mas a indicação é de que, em breve, terá um começo de vazante.
ANÁLISE DA ENCHENTE
De acordo com a Defesa Civil do Estado, pelo menos 11 bairros na orla do Rio Negro em Manaus já foram atingidos pela cheia, totalizando 18 mil pessoas atingidas somente na capital.
Os municípios mais atingidos no Estado e que estão parcial ou inteiramente submersos são: Manacapuru, Parintins, Caapiranga, Careiro da Várzea, Itacoatiara, Urucará, Benjamin Constant, Anori, Barreirinha e o que registra a pior situação, Anamã.
Para o governo do Estado, os prejuízos causados pela cheia desde que os rios ultrapassaram os níveis de alerta já somam cerca de R$ 380 milhões em todo o Estado.(Portal Amazonia)
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