segunda-feira, 6 de julho de 2009
BRINCADEIRA PERIGOSA
Manaus - A cheia que atingiu este ano níveis recordes e invadiu o calçadão e estacionamento do complexo da Ponta Negra, Zona Oeste, ao lado do anfiteatro, tornou-se atrativo para milhares de pessoas, que se deslocaram ao local, ontem, seja para tomar banho ou apenas pela curiosidade de ver até que ponto as águas subiram.
É o caso do operador de máquinas Célio Santos, que foi ao local atraído pela curiosidade. “Nunca tinha visto isso. O que mais impressiona é que há quatro anos tivemos uma grande seca e agora a maior cheia”, concluiu.
Porém, com a diversão, chega também o perigo, principalmente para as crianças que se arriscam dentro d’água (dividindo espaço com pequenas embarcações e adultos) e também fora dela, ao deslizarem no barranco de mais de cinco metros, numa brincadeira denominada “esqui-bunda”. A princípio, o que pode ser uma brincadeira inocente pode acabar virando uma tragédia, pois dezenas de crianças descem do barranco em cima de garrafas PETs amassadas e caem no chão (cheio de lama e dejetos). Além de doenças, causadas pela água misturada com a lama, correm o risco de se machucarem com arranhões ou mesmo uma fratura grave. “Para as crianças é apenas brincadeira, mas pode acontecer algo mais sério e mesmo os pais não fazem nada”, completou a dona de casa, Socorro Monteiro. Semana passada, o vendedor de bombons Saulo Martins, 19, morreu ao pular de uma torre de som do anfiteatro da Ponta Negra com mais de 20 metros de altura. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Defesa Civil (Semdec), as medidas preventivas tomadas foram a interdição do estacionamento para a passagem de carros e o pedido de desligamento da energia do anfiteatro. Com relação a descida de crianças do barranco, a assessoria disse que os engenheiros não viram riscos na atividade, mas se algo for detectado serão tomada as providências. Para prevenir acidentes na água, o Corpo de Bombeiros deslocou uma equipe de quatro mergulhadores e mais sete homens que ficam em terra, monitorando os possíveis acidentes.(Em Tempo)
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