COM A CARA DO LULA
*Osny Araújo
Começaram a ser divulgados pela mídia os nomes dos primeiros escolhidos para formar no futuro ministério do Governo da presidente eleita Dilma Rousseff, do PT, que se instalará na tarde do dia 1º de Janeiro de 2011. A maioria dos nomes até agora divulgados, são velhos conhecidos do mundo político e alguns, circulam com desenvoltura a muito tempo pelos corredores dos Poderes na capital federal.
O ministério que está sendo formado, não resta nenhuma dúvida que tem a cara do presidente Lula, esse político de uma liderança incrível e um forte carisma, que elegeu com vantagem a sua sucessora, logo, nada mais natural que ele meta a sua poderosa colher na formação desse bolo do Governo, mesmo ele continue a afirmar que não quer e nem deseja interferir em Nada. Conversa de político.
Além do presidente Lula, anda rondando o Palácio do Planalto e certamente dando alguns pitacos, o José Dirceu, aquele que pisou na bola quando ministro-chefe da Casa Civil e jogou no ralo a grande oportunidade que a vida lhe ofereceu ser o presidente da República, cargo que a partir de janeiro será ocupada pelo também ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, uma mineira, com costumes gaúchos.
Acho inteligente por parte da presidente eleita Dilma a abertura dessa participação para o presidente Lula, até porque, ela precisará fazer muitas concessões e grandes negociações para a formação do seu Governo, até porque, tem ao seu lado, um partido perigoso e que sempre tem uma grande sede de Poder, que é o PMDB, perigoso como aliado e amigo e imagine na qualidade de inimigo. Certamente não é um bom negócio.
Por isso, neste momento acho interessante à participação de Lula na formulação do Governo, até para esfriar os ânimos e dentro de algum tempo, a presidente Dilma Rousseff, certamente vai começar a mexer no tabuleiro e tentará moldar o Governo com a sua cara, fato também muito natural em política, sempre de acordo com aquela máxima de que em política só funcionam duas operações aritméticas – somar e multiplicar.
Como Dilma afirmou durante a campanha que o seu Governo seria uma continuação da administração Lula, implementando algumas melhorias e avanços, a coisa está mesmo sendo encaminhada com esse objetivo, principalmente neste primeiro momento. Os nomes já anunciados e outros que estão na fila de espera são todos conhecedores desses caminhos e certamente não terão nenhuma dificuldade em fazer as difíceis caminhadas no Governo da primeira mulher a dirigir os nossos destinos. Tomara que tudo de certo.
Fora à ganância por cargos do PMDB, dando neste início de arrumação trabalho para o futuro Ministro da Casa Civil Antonio Pallocci, que já está as voltas com alguns problemas para evitar que se instale uma crise envolvendo PT e o partido do vice-presidente Michel Temer, as coisas parece que caminham com tranqüilidade, principalmente porque os outros aliados, ao que parece estão conformado e ainda não estão colocando a faca no pescoço da transição.
Na verdade, o que está ocorrendo com a posição assumida pelo PMDB não pode ser visto como novidade, partindo de onde parte. Quem entende um pouquinho de política, sabia que isso iria acontecer, e agora, cabe a equipe de transição, com a forte orientação da presidente Dilma e participação do presidente Lula, colocar o barco em águas tranqüilas para que a navegação siga o seu curso normal, até encontrar o seu porto seguro.
Certamente que a presidente eleita e a sua equipe de transição, devem estar trabalhando com a calculadora do lado, para fazer as contas e ver o desempenho de cada partido aliado nas eleições, é com esse resultado, que o bolo do Governo, chamado primeiro e segundo escalão está sendo dividido e às vezes, numa divisão de cargos poderosos como essa, nem todos ficam satisfeitos, mas nada que não possa ser conciliado, com algumas ações suplementares, ou seja, com a distribuição de um outro tipo de doce, o que também valerá para a distribuição dos cargos federais pelos Estados.
Sabemos que é quase impossível agradar a todos, mas com inteligência, bom sendo e um pouco de jogo de cintura, o que a presidente eleita tem pouco, mas Lula tem de sobra, as coisas possam se arrumar para que a era Dilma no Brasil, a partir do primeiro dia de 2011 comece com tranqüilidade e esperança de dias melhores para o Brasil e o seu povo.(Com postagem simuiltânea nos sites noticianahora,amazonianarede, tadeudesouza e blog Jornalismo eclético).
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br.
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