TAPAUÁ, A CIDADE DOS FLUTUANTES
Texto e foto: Osny Araújo
Tapauá, AM - Ao longo da minha vida de profissional de imprensa há mais de 30 anos, tenho viajado muito pela Amazônia e nessas andanças em busca de descobrir e mostrar novos fatos da região, um me chamou a atenção em recente viagem ao município de Tapauá, situado na calha do rio Purus, onde é encontrado um açaí de alta qualidade e um povo acolhedor.
Mas, o que mais chamou a atenção do repórter é a grande quantidade de flutuantes no rio Juruá, que banha a cidade que tem o mesmo nome. Segundo dados não oficiais, na última contagem feita foram registrados aproximadamente 462 flutuantes na orla da pequena cidade, com aproximadamente 25 mil habitantes e sem nenhuma dúvida é a cidade do Amazonas que tem mais flutuantes no seu entorno.
Com poucos recursos financeiros, como a grande maioria dos municípios amazonenses, Tapauá, distante 448 Km de Manaus em linha reta, vive a base do extrativismo, com destaque para o açaí, de alta qualidade e a pesca.
O incra vem desenvolvendo ações de reforma agrária no município, através dos projetos de desenvolvimento sustentáveis Primavera e Samaúma levando um pouco mais de perspectivas as populações rurais do município.
Os recursos do município são oriundos dos repasses do ICMS por parte do Governo do Estado, do Fundo de Participação do Município, do Governo Federal, convênios e emendas parlamentares.
Criado através da Lei Estado Nº 96/1. 995, quando era governador do Estado o saudoso Plínio Ramos Coelho, o seu primeiro prefeito nomeado foi Antonio Ferreira de Oliveira.
Tapauá, que foi desmembrado o município de Canutama, tem uma área de 89.324 Km², situado às margens do rio Tapauá e tem como uma atração um encontro das águas, com uma visão extraordinária quando se chega de avião ao município.
ECONOMIA
Agricultura: desponta como o esteio da economia do município. No que diz respeito à absorção de mão-de-obra, destacam-se a cultura de mandioca, seguindo-se a juta e feijão. Entre as culturas permanentes merece registro o abacate, banana, laranja e feijão.
- Pecuária: não tem representatividade como atividade econômica, pois os rebanhos representados por bovinos e suínos são inexpressivos.
- Pesca: praticada como atividade artesanal, voltada, para o consumo de subsistência.
- Extrativismo Vegetal: com predominância sobre atividade do setor primário, está voltado para a exploração de castanha, borracha, madeira, óleo de copaíba e andiroba.
Agricultura: desponta como o esteio da economia do município. No que diz respeito à absorção de mão-de-obra, destacam-se a cultura de mandioca, seguindo-se a juta e feijão. Entre as culturas permanentes merece registro o abacate, banana, laranja e feijão.
- Pecuária: não tem representatividade como atividade econômica, pois os rebanhos representados por bovinos e suínos são inexpressivos.
- Pesca: praticada como atividade artesanal, voltada, para o consumo de subsistência.
- Extrativismo Vegetal: com predominância sobre atividade do setor primário, está voltado para a exploração de castanha, borracha, madeira, óleo de copaíba e andiroba.
voltado para a exploração de castanha, borracha, madeira, óleo de copaíba e andiroba.
PREOCUPAÇÃO
Voltando a falar na questão dos flutuantes da orla da cidade, objeto principal desta matéria, o prefeito Francisco Brandão se diz muito preocupado com a situação e garantiu que está procurando meios para resolver o problema, com a retirada dos flutuantes e a colocação das famílias em terra firme, mas afirma também, que o município ainda não tem os meios necessários para levar em frente essa idéia.
A maior preocupação do prefeito, devido ao grande número de flutuantes é com a saúde da população, levando em conta que diariamente são despejados no rio lixo e todos os tipos de dejetos de quase 500 flutuantes, o que representa uma grande fonte de poluição e de enorme perigo para a saúde.
“A questão é muito preocupante – disse Brandão – e de um momento para outro poderemos ter um surto de hepatite, por isso, precisamos ficar atentos e tentar resolver esse problema o mais rapidamente possível”.
Ele diz entender a situação da população que reside nos flutuantes, todas oriundas do interior, onde as dificuldades para viver são muito grandes, a começar pelas dificuldades enfrentas pelos ribeirinhos até mesmo para conseguir alimentos, devido à fiscalização do Ibama e do Instituto Chico Mendes, “que são muito rigorosas”, fazendo com que os ribeirinhos tragam os seus flutuantes para a orla da cidade, as condições de vida são melhores que nas comunidades onde moravam ““.
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