BARRIGADA GLOBAL

Da redação por Osny Araújo

Ontem até por dever de ofício, passei o dia colado na Globonews acompanhando a cobertura das eleições para presidente do Brasil, que culminou com a vitória de Dilma Roussef sobre o “tucano” José Serra, que pela segunda vez seguida tem o seu sonho de ser presidente do Brasil interrompido pela vontade popular.

Durante a cobertura, senti mais uma vez a grande discriminação do jornalismo global para com a Amazônia e o Amazonas de um modo especial. Falaram de vários estados brasileiros, especialmente São Paulo. Rio de Janeiro e Minas Gerais, com chamadas para os repórteres que cobriam esses estados que perdi a conta e vi, apenas uma matéria sobre o Amazonas, quando em reportagem da Rede Amazônica, através Daniela Assayag, mostrou as dificuldades dos índios para exercerem o direito ao voto e muito nem conseguiram, porque os mesários não aceitaram a Carteira de Identidade fornecida a eles pela FUNAI.

Mas, o que mais me chamou a atenção da toda poderosa global, com a sua equipe de frente de comentaristas e analistas políticos e econômicos que comentavam os fatos no decorrer da cobertura, foi quando no final da eleição e quando a Globo mostrava a pesquisa de boca de urna, quando a rede anunciou os governadores eleitos e reeleitos que apoiaram Dilma e Serra e lá apareceu o nome do governador Omar Aziz, do Amazonas, como apoiador de Serra. Uma tremenda barrigada (chavão jornalístico) da toda poderosa e competente Globo.

A situação só não ficou pior, é que a assessoria do governador amazonense estava atenta e corrigiu a tempo a errada informação e colocou os pingos nos iis e que foi ratificado pela rede Globo, dizendo que Omar Aziz, (PMN), governador reeleito do Amazonas, que sucedeu ao senador eleito Eduardo Braga, do PMDB emprestou sim apoio político a candidata vitoriosa Dilma Roussef. Menos mal.